Fernando Santos: «Ponta de lança? Onde está? Portugal não tem» - TVI

Fernando Santos: «Ponta de lança? Onde está? Portugal não tem»

Selecionador desvaloriza questão e garante que a seleção tem um grupo equilibrado para vencer na Sérvia e na Lituânia

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Portugal vai defrontar a Sérvia e Lituânia sem um ponta de lança de raiz. Fernando Santos desvalorizou a questão, considerando que, nesta altura, a seleção não tem um número 9 disponível, mas está convencido que o grupo que elegeu tem as características que pretende e soluções equilibradas para alcançar o objetivo que passa por vencer os dois jogos.

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«Ponta de lança? Onde está? Um ponta de lança de raiz é um 9. Portugal não tem. O Gonçalo [Paciência] está muito bem, está a fazer uma época cada vez melhor, por isso também está na lista alargada. Como está o Rafael Leão e outros, mas para estes jogos, na forma de abordar estes jogos, achámos que esta seria a convocatória mais correta.

Jogadores como Gonçalo Paciência e Rafael Leão continuam na órbita de Fernando Santos e até podem vir a ser chamados para os próximos jogos em casa. «São jogadores que estão a trabalhar bem, mas só podemos levar 23 para cada jogo. Não é uma questão de qualidade, tem a ver com aquilo que para cada jogo pretendemos. Numa próxima convocatória, com jogos em casa, se calhar cabe outro tipo de jogador», acrescentou.

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Fernando Santos conta com um grupo jovem, com dezassete jogadores nascidos na década de noventa, mas reforçado com alguns mais veteranos, como Pepe, Fonte ou Cristiano Ronaldo. «Veteranos só por si não chega, senão tenho aqui o Humberto, o João Pinto e o Pauleta...e até o Rui Jorge [selecionador de sub-21 estava na sala e levantou o  braço] estão aqui. Tem de haver qualidade. Têm de estar no expoente máximo das suas capacidades. Acho que é muito importante criar uma estabilidade na equipa. Há jogadores com 18 anos que são muito experientes. Tem a ver com maturidade, com o peso dos jogos», destacou.

Para o selecionador, é importante ter uma base fixa para depois ser mais fácil introduzir novos elementos. «Quando se faz uma convocatória ao nível da seleção é diferente dos clubes. Nos cubes há uma avaliação diária, há o procurar que o jogador possa evoluir. Na seleção isso não acontece, tenho dois dias para estar com eles. É importante que a base de trabalho se vá mantendo, para os que chegam sejam integrados mais facilmente. Não só em termos de estar, mas também em termos de jogar», acrescentou.

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