Cerca de 22300km. É esta a maior distância que um jogador da Liga vai ter de fazer nesta jornada de compromissos internacionais, pouco mais de meia volta ao mundo em meia dúzia de dias. Na pausa para as seleções, o Maisfutebol foi perceber que jogadores vão desfalcar os seus treinadores e a quem pertence a maior distância percorrida para representar a sua nação.
Do lado do FC Porto, Sérgio Oliveira é o único nome do plantel do FC Porto chamado por Fernando Santos para os jogos da Seleção Nacional ante a Croácia e a Itália, ele que pode estrear-se pelos A. O médio não será obrigado a grandes deslocações, uma vez que os encontros realizam-se em território português (Croácia no Algarve e Itália em Lisboa).
Ainda em Portugal, mas nos sub-21, Diogo Leite e Bruno Costa integram a lista de Rui Jorge para os encontros ante a Roménia e o País de Gales. O jogo ante os romenos joga-se na Mata Real, em Paços, enquanto o desafio com Gales realiza-se no país do Reino Unido. Aí, os jovens terão de fazer aproximadamente 3000 km (ida e volta).
Os defesas Felipe e Éder Militão foram convocados por Tite e podem estrear-se pela seleção brasileira. A canarinha vai jogar com os Estados Unidos e a equipa de El Salvador, precisamente em território norte-americano, o que obriga a uma longa viagem por parte dos dois jogadores, que terão de voar o Atlântico. A primeira partida, a oito de setembro, realiza-se em Nova Jérsia, enquanto a segunda realiza-se três dias depois, em Maryland. No total, Felipe e Militão farão cerca de 11500 km.
Nos Camarões, Aboubakar faz parte da primeira lista de Clarence Seedorf para o jogo ante as Ilhas Comores (fora), a oito de setembro. O avançado de 26 anos fará cerca de 16000 km; na Nigéria, Chidozie e Kelechi Nwakali vão defrontar as Seychelles, no mesmo dia, com cerca de 17000 km entre o Portugak, o país nigeriano e a pequena ilha. Ambos os jogos são a contar para a qualificação para CAN 2019.
No Benfica, são três os jogadores chamados por Fernando Santos para a Seleção A: Rúben Dias, Gedson Fernandes e Pizzi vão ter oportunidade de defrontar a Croácia e a Itália, tal como Sérgio Oliveira. Já João Félix e Yuri Ribeiro serão colegas de Bruno Costa e Diogo Leite nos sub-21, que, como anteriomente referido, defrontam a Roménia e o País de Gales, a sete e 11 deste mês, respetivamente.
Lá fora, Cervi fará 18000 km para integrar o plantel convocado por Lionel Scaloni e Pablo Aimar para a seleção argentina, que defronta, em Los Angeles, o Guatemala; Zivkovic, por sua vez, integra a lista da Sérvia que vai estrear-se na Liga das Nações ante a Lituânia (fora) e a Roménia (casa). No total, o médio vai ficar com mais 7200km no currículo.
No Sporting, Bruno Fernandes é o único representante dos leões na equipa principal das quinas – mesmo trajeto que Sérgio Oliveira, Pizzi, Gedson e Rúben Dias –, ao passo que Maximiano e Thierry Correia foram chamados por Hélio Sousa para os sub-20.
Os dois jovens jogarão frente à Holanda perto de casa, no Estádio António Coimbra da Mota (Estoril), mas deslocam-se depois à República Checa para enfrentarem a seleção local. Farão 4200 km.
Coates vai representar o Uruguai no particular frente ao México, em Houston, no Estado do Texas, Estados Unidos (15500 km), e Battaglia e Acuña fazem companhia ao benfiquista Cervi na seleção argentina.
Ainda no emblema de Alvalade, Ristovski desloca-se ao seu país natal, Macedónia, para receber a Arménia, em jogo da Liga das Nações, numa deslocação que não levanta grandes preocupações ao nível de distâncias comparados com outros leões (11000km). Já o reforço Diaby, que foi chamado para o jogo do Mali frente ao Sudão do Sul, viajará cerca de 12310 km entre os três países.
O Sp. Braga fica apenas privado de Francisco Trincão, que foi chamado para os sub-20 da Seleção Nacional, que defronta a Holanda e a República Checa, como foi acima referido.
Já Nakajima, médio do Portimonense, bate todos os recordes e vai ser mesmo o jogador a fazer mais km nesta jornada de seleções: o médio japonês ia jogar com o Chile, em Sapporo - partida entretanto cancelada - e desloca-se depois para Osaka, onde vai enfrentar a Costa Rica. No total, Nakajima vai fazer nada mais nada menos do que cerca de 22300 km.
Por sua vez, o Tondela vai ter cinco jogadores a representar as equipas nacionais. Cláudio Ramos está em estreia absoluta nos convocados de Fernando Santos; Jorge Fernandos, central emprestado pelo FC Porto, vai estar ao serviço dos sub-21.
Hélder Tavares foi chamado para o embate de Cabo Verde ante o Lesoto, para a qualificação da CAN (distância equiparada às outras em relação ao continente africano); Sergio Peña está de regresso ao Peru, após ter falhado o Mundial 2018, e vai jogar ante a Holanda e Alemanha (jogos particulares, ambos na Europa); Jhon Murillo vai estar ao serviço da Venezuela, que defronta a Colômbia e o Panamá. O atleta de 22 anos terá que voar aproximadamente 17000 km.
Moreirense, Desp. Chaves e Vitória de Guimarães fazem-se representar, na seleção sub-21, por Heriberto Tavares, Stephen Eustáquio e Pêpê, respetivamente.
Joel Pereira, guardião do Vitória de Setúbal, também integra a lista de Rui Jorge para o duplo compromisso da qualificação para o Europeu do próximo ano. Os sadinos ficam ainda sem Frédéric Mendy, chamado para a seleção da Guiné Bissau, que vai jogar com Moçambique (17500km).
O Feirense faz-se representar na seleção de Cabo Verde, já que os capitães Babanco e Marco Soares foram chamados por Rui Águas.
No Rio Ave, Gelson Dala e Jonatan Buatu faze parte da lista da Angola que vai enfrentar a seleção do Botsuana, tal como Fredy, do Belenenses, e Mateus, do Boavista. A deslocação dos internacionais angolanos vai obrigá-los a viagem cerca de 13000km. Ainda nos rioavistas, Nadjack acompanha o colega Frédéric Mendy no compromisso da Guiné Bissau.
Por fim, Arabidze vai representar a Geórgia nos jogos da Liga das Nações frente ao Cazaquistão (fora) e à Letónia (casa) – será obrigado a deslocar-se aproximadamente 12400km – e desfalca assim o plantel do Nacional, orientado por Costinha.
Nota: as distâncias foram tiradas com base no site pt.distance.to