Cientista: «Cooperação e altruismo para sobreviver» - TVI

Cientista: «Cooperação e altruismo para sobreviver»

Natureza

Investigador britânico dá exemplos da aplicação prática desta regra entre os seres vivos

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O cientista britânico Kevin Foster, investigador da Universidade de Harvard, defendeu esta sexta-feira, no Porto, que a cooperação e o altruísmo são formas comummente usadas pelos seres vivos para sobreviver, refere a Lusa.

«A cooperação e o altruísmo estão em toda parte», afirmou o cientista, que interveio hoje no Instituto de Patologia Molecular e Imunologia da Universidade do Porto (IPATIMUP), durante o simpósio «Homeostasia, a luta pelo equilíbrio?», organizado no âmbito do Programa de Doutoramento em Biologia Básica e Aplicada da Universidade do Porto.

Homeostasia é a propriedade de um sistema aberto, especialmente de seres vivos, de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação interrelacionados.

Numa conferência densa e muito técnica, Kevim Foster descreveu pormenorizadamente várias das experiências de microbiologia que efectuou, nas quais demonstra a sua tese de que a cooperação é tão importante como a «lei do mais apto», de Darwin, para garantir a sobrevivência das espécies.

O cientista sustentou que «a cooperação é uma das formas que a natureza encontra para se valer a si mesma» e mostrou experiências em que esta característica chega a um ponto extremo de altruísmo, com células a optarem pelo sacrifício supremo, de forma a garantir a sobrevivência das suas semelhantes.

Mostrou ainda outros casos, em que dois grupos de células de diferentes estirpes, na impossibilidade de se eliminarem mutuamente sob risco de extinção colectiva, optam por se aliar, formando uma substância homogénea.
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