Sérgio e os «dragões juntos»: as figuras do FC Porto campeão - TVI

Sérgio e os «dragões juntos»: as figuras do FC Porto campeão

Sete figuras-chave da conquista do 29.º título pelos dragões

«Dragões juntos, lutemos como irmãos.»

Sérgio Conceição lançou o lema e o mote teve a devida correspondência em campo a cada batalha.

Se Sérgio é o comandante, o líder que motiva as tropas, neste exército há soldados rasos e lugares-tenentes que merecem destaque.

A escolher um jogador em destaque, esse terá de ser Corona. O virtuoso versátil que se tornou relevante em diferentes posições e decisivo em boa parte dos jogos.

A escolher uma estrela maior em campo, terá de ser o mexicano. Acima dele, só Conceição.

Sérgio Conceição

Em três épocas no FC Porto, Conceição sagra-se campeão por duas vezes e está prestes a conseguir uma vez mais uma pontuação acima dos 80 pontos. O FC Porto deste ano foi desfalcado de meia equipa no defeso, teve um arranque comprometedor a nível desportivo e financeiro e, mesmo assim, resistiu a tudo e triunfou. Mais do que demérito do rival Benfica, há mérito de Sérgio Conceição e da sua equipa. A partir do seu murro na mesa, no final da Taça da Liga, os dragões arrancaram para uma recuperação notável, mesmo com alguns percalços, recuperando sete pontos de desvantagem e colocando-se oito à frente do Benfica. Não há campeões sem um líder forte.

Corona

A lateral, a ala, à direita, à esquerda… A versatilidade do mexicano só é comparável ao seu talento. Sem Brahimi, o FC Porto encontrou em Corona o seu maior criativo, capaz de resolver o jogo num repente, seja num golo de antologia ou num passe de morte. É também o jogador mais utilizado por Conceição: esteve em 48 jogos oficiais nesta época, 46 como titular. Mais do que o melhor do FC Porto, ele tornou-se na grande figura desta edição da Liga.

Alex Telles

É revelador que um dos melhores marcadores do FC Porto na Liga seja o lateral esquerdo: 10 golos. Essa é a medida da influência de Telles nesta equipa. O brasileiro, outrora rei das assistências, agora é também o senhor das bolas paradas: dos livres à cobrança das grandes penalidades. E de golos decisivos, como aquela bomba contra o Portimonense, que valeu um triunfo já perto do fim. A influência no jogo ofensivo do FC Porto é inegável, o que levanta o problema de uma possível saída no final da época, já que tem apenas mais um ano de contrato.  

Marega

O maliano é o melhor marcador do FC Porto na Liga: onze golos, para já. Mesmo sem preponderância que teve no campeonato conquistado em 2017/18, Marega mantém a velocidade e poderio físico que fazem Sérgio Conceição não prescindir da sua influência no ataque portista. Fez golos decisivos nos clássicos e foi também dele o grito de revolta que correu mundo e marcou este campeonato fora do campo, quando saiu de campo em Guimarães não aceitando pactuar, por omissão, com o racismo. Um aplauso também por isso.

Marchesín

Não é fácil substituir uma lenda como Iker Casillas. Ainda assim, o internacional argentino contratado aos mexicanos do América provou que é um guarda-redes de mão cheia. Teve erros, pois claro, mas são sobretudo algumas defesas salvadoras que ficam na retina nesta época. Provavelmente, o reforço mais importante do FC Porto nesta época.

Pepe

Podia estar aqui Mbemba, que substituiu de forma quase irrepreensível o lesionado Marcano, mas Pepe é uma referência e um líder tanto em campo como no balneário. Para lá disso, não deixa de ser também um dos grandes responsáveis pela solidez defensiva da equipa, que tem a melhor defesa da Liga e que ainda recentemente esteve quatro jornadas sem sofrer golos. Aos 37 anos, torna-se no jogador de campo mais velho a sagrar-se campeão pelo FC Porto. Notável.

Sérgio Oliveira

Uma espécie de joker que a meio da época ganhou preponderância no meio-campo portista. Foi assim no título de 2017/18, voltou a ser agora. Pelo meio, ainda foi campeão grego no ano de empréstimo ao PAOK. Sérgio apostou em Sérgio e este tornou o jogo mais fluído e deu poder de fogo ao meio-campo. A lesão na última jornada acabou-lhe com a época, que mesmo assim foi a mais produtiva em termos de golos pela equipa principal – um deles no clássico do Dragão frente ao Benfica.

Continue a ler esta notícia