Escola ensina esposas a serem melhores amantes

Uma escola no Quénia ensina as esposas a melhorar como amantes, noticia a BBC Brasil. A ideia foi de um empresária que, depois de tanto dar conselhos em despedidas de solteiro, resolveu cobrar pelas sugestões.

Uma pesquisa divulgada na semana passada sugeriu que, embora os quenianos gostem de sexo, não são amantes bons nem assíduos. Os conselheiros matrimoniais dizem que muitas mulheres no país não sabem o que esperar de uma relação sexual. Segundo eles, isto abala a auto-estima dos homens, que acabam por optar por casos extra-conjugais.

A empresária está convencida de que sua iniciativa terá dupla vantagem: evitar que os maridos procurem romances fora de casa, e fazer com que ajudem nos serviços domésticos.

Da sua casa no subúrbio de Nairobi, ela dirige a empresa Tetezzo (que significa queimador de incenso, em kiswahili), numa garagem transformada em quarto.

Nesta divisão há almofadas de vários tamanhos em cima de um tapete tradicional da terra. As paredes são cor-de-rosa e, do teto, pendem tecidos das cores lilás e rosa claro. A atmosfera é de serenidade e calma, e as inibições desaparecem logo.

Ela diz que deve tudo à sua avó, que nas vésperas do seu casamento lhe organizou uma sessão particular com um somo - um terapeuta sexual tradicional e conselheiro matrimonial.

«Fazer amor, para mim, é uma cerimónia. Não é só para fazer sexo. Eu incentivo as mulheres a se prepararem para fazer amor», disse.

Segundo ela, a cultura queniana reconhece que uma boa esposa é mais do que alguém que cozinha bem e cria os filhos.

As clientes são, na maioria, da classe média da capital, mas, como suas palestras ganharam popularidade, a empresária é frequentemente convidada por mulheres de outras cidades para fazer exposições.

Ela dá aulas gratuitas para mulheres na zona rural, e tem clientes de todas as idade. A mais velha tem 58 anos. Mas mulheres mais velhas são mais difíceis de ensinar, conta, porque acham que não têm mais nada para aprender.

As técnicas incluem aulas de dança do ventre e striptease. A estratégia parece estar a dar certo: a empresária confessa que já recebeu flores de maridos que acabaram beneficiados pelas aulas que as suas esposas tiveram.