Familiares exploram sexualmente crianças de fracos recursos a partir dos 12 e 13 anos nas cidades de Lima, Loreto, Cuzco e Cajamarca, segundo um estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho, escreve a Lusa.
O texto é intitulado «Imperdoável. Estudo sobre a exploração sexual na infância e adolescência no Peru». Cerca de 167 crianças e adolescentes, autoridades e clientes foram entrevistados no âmbito deste estudo.
Um quarto das crianças inquiridas iniciou-se aos 12 e 13 anos enquanto que 60 por cento dos adolescentes se iniciou aos 14 e 15 anos.
De acordo com o documento, muitas das crianças foram «vítimas de violação, na maioria dos casos por um familiar ou amigo de família» antes de se envolverem no mercado da prostituição.
O estudo sublinha que os exploradores das crianças «promovem» o consumo de drogas como o álcool e a inalação de cola «terokal» que «aumenta a dependência das crianças exploradas sexualmente».
Na sua maioria, estas vítimas estão sujeitas a agressões físicas e psicológicas, gravidezes não desejadas, vício de drogas e expulsões das escolas.
«As crianças não têm informação sobre planeamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis e SIDA, e não se apercebem da sua vulnerabilidade perante essas doenças», adiantou o estudo.
As cidades turísticas como Cuzco utilizam as meninas como um atractivo sexual para os turistas que frequentam restaurantes e discotecas.
O estudo foi feito entre 2004 e 2005 com o objectivo de criar informação qualitativa sobre a exploração sexual.
Famílias exploram as suas crianças sexualmente
- Portugal Diário
- 17 fev 2007, 00:07
Revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho
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