Liga acusa SJ de «desconhecimento» de regras, APAF explica oposição - TVI

Liga acusa SJ de «desconhecimento» de regras, APAF explica oposição

Pedro Proença :: Tomada de Posse Liga 2019/2023 (Estela Silva/LUSA)

Organismo liderado por Pedro Proença responde ao SJ sobre alterações regulamentares. Árbitros também reagem

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A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) acusou o Sindicato de Jogadores (SJ) de «total desconhecimento» das regulamentações do organismo liderado por Pedro Proença, esta segunda-feira, na sequência da oposição do SJ às alterações ao regulamento disciplinar da Liga.

Em comunicado, a Liga aponta, ao SJ, a utilização de «termos de extrema gravidade, como o de falta de lealdade» relativamente às alterações propostas ao artigo 74.º do Regulamento Disciplinar, nomeadamente o respeitante ao regime das infrações por incumprimento salarial, que passou para o Regulamento de Competições.

A entidade liderada por Joaquim Evangelista tinha também referido que os treinadores e os árbitros se mostravam contra as mudanças.

«O Sindicato de Jogadores deveria ter analisado em profundidade, e de forma clara, os três Regulamentos em vigor – Competições, Disciplinar e Arbitragem – e não apenas o Disciplinar, dada a existência de uma arquitetura jurídica subjacente», nota a Liga.

Para o organismo que rege as competições profissionais, a mudança pretende que toca a época fique abrangida pelos critérios financeiros, aumentando o controlo, no âmbito da verificação salarial dos jogadores e treinadores.

«Com esta medida, o controlo aos clubes passou a ser aproximadamente trimestral, ocorrendo sempre ao dia 15 do mês em causa, o que dará aos clubes 10 dias para reunirem todos os comprovativos e entregar ao ROC para certificação. Desta forma, os vencimentos terão que ser processados até dia 5 de cada mês, aliás, como impõe a Lei, passando esta a ser uma condição obrigatória para registo dos contratos de trabalho dos jogadores profissionais», defende, acrescentando que a regra anterior «acaba com a situação existente, que permitia pagamentos de salários a dia 15 ou 20, o que, naturalmente, prejudicava» os atletas e que «esta regra determinará a perda de pontos dos clubes que não paguem pontualmente os salários».

A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), liderada por Luciano Gonçalves, também já se posicionou acerca do assunto, justificando que «votou contra o referido documento por entender que o mesmo devia contemplar sanções, mais punitivas, para os agentes desportivos prevaricadores», como «sanções mínimas mais elevadas até à perda de pontos ou jogos à porta fechada nos casos mais graves».

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