O Schalke fez um golo sem criar uma verdadeira ocasião de perigo, e esse é o maior elogio que se pode fazer ao FC Porto.
Impressionante a forma como a equipa de Sérgio Conceição dominou o adversário, como mandou na partida, como colocou a mão em cima do jogo e o mexeu a seu gosto.
Pelo meio houve alguns momentos de grande futebol. Boas combinações, jogo interior, variações de flanco, criatividade nos duelos individuais, enfim, um regalo à vista.
Ora esta qualidade torna-se mais relevante quando se fala do segundo classificado do grupo, uma equipa alemã dura como todas as equipas alemãs e habituada a grande intensidade competitiva.
A verdade é que o FC Porto atingiu na quarta-feira a recompensa por uma grande Liga dos Campeões.
Num grupo que podia tornar-se difícil de tão equilibrado que era, a equipa de Sérgio Conceição espalhou superioridade e conseguiu o apuramento depois de feitos apenas quatro jogos.
Pelo caminho terminou a quinta jornada com treze pontos, o que não é superado por ninguém.
Pode ter sido igualado por Bayern Munique e o Barcelona, sim, mas não foi superado por ninguém. Grandes equipas como o Manchester City, o Real Madrid e a Juventus fizeram abaixo disso.
O que nos obriga a confirmar o óbvio: o FC Porto é nesta altura a única equipa portuguesa de dimensão europeia.
PS. Tem sido uma delícia ver Oliver Torres nos últimos jogos. Mérito também de Sérgio Conceição. O espanhol recuou uns metros, para jogar mais perto de Danilo, e com isso projetou-se para outra dimensão. Com mais espaço para receber a bola, mais tempo para pensar e mais campo para olhar, Oliver Torres distribui, toca, vira o flanco, lança, isola, enfim. Um fartote.