Operação Fizz: advogada diz que Orlando Figueira foi ameaçado de morte - TVI

Operação Fizz: advogada diz que Orlando Figueira foi ameaçado de morte

Advogada e irmã do ex-procurador também foram alvos de ameaças. Tribunal remeteu queixa para o Ministério Público

A advogada de Orlando Figueira afirmou, esta quinta-feira, em tribunal que ela, o ex-procurador e a irmã deste foram alvos de ameaças de morte e à integridade física. A advogada pediu ainda que fosse atribuída segurança pessoal a Orlando Figueira. 

Em tribunal, no âmbito do processo Fizz, pediu ainda que fossem disponibilizadas as imagens de videovigilância do tribunal, onde o suspeito das ameaças terá estado presente, e do hotel IBIS entre as 18:45 e as 21:00 de quarta-feira.

A Operação Fizz, que tem ainda como arguidos o engenheiro Armindo Pires e o advogado Paulo Blanco, assenta na acusação de que Manuel Vicente corrompeu Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos, um deles o caso da empresa ‘Portmill’, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.

Manuel Vicente foi acusado de corrupção ativa, mas o seu processo foi separado da ‘Operação Fizz’ no início do julgamento, numa altura de tensão nas relações diplomáticas entre Angola e Portugal e vários apelos públicos ao desanuviamento das mesmas.

Queixa para Ministério Público

O coletivo de juízes do processo Operação Fizz remeteu entretanto uma cópia do requerimento da defesa do ex-procurador Orlando Figueira para o Ministério Público junto do tribunal, para abertura de inquérito sobre as ameaças relatadas pela mandatária daquele arguido.

O juiz presidente Alfredo Costa, além de remeter certidão para o MP junto da Instância Criminal de Lisboa para que este abra inquérito sobre o sucedido, “se for esse o caso”, decidiu ainda notificar os serviços de segurança do tribunal para que recolham imagens vídeo e áudio dos dias 27 e 28 de fevereiro nas instalações do tribunal, altura em que as alegadas ameaças terão sido transmitidas aos queixosos.

O coletivo de juízes decidiu ainda solicitar ao Comando Especial da PSP a avaliação do risco em que se encontra o arguido Orlando Figueira, a irmã deste e a própria advogada.

O juiz determinou igualmente remeter cópia do requerimento sobre as alegadas ameaças à advogada e seu constituinte para a Ordem dos Advogados.

Continue a ler esta notícia