A Força Aérea confirmou, nesta terça-feira, que o avião que violou o espaço aéreo da Filândia é o P-3C que está destacado na Polónia, no âmbito de uma missão da NATO, lamentando o sucedido.
Em comunicado, a Força Aérea Portuguesa (FAP) garante que "não se tratou de uma ação premeditada".
A missão decorria no Mar Báltico, entre a Estónia e a Finlândia, quando a tripulação do P-3C CUP+ efetuou uma correção de rumo e não conseguiu evitar que o raio de volta ultrapassasse em cerca de 0,3 milhas náuticas (500 metros) o limite do espaço aéreo daquele país. A Força Aérea lamenta o sucedido e esclarece que não se tratou de uma ação premeditada, tendo esta sido consequência de uma manobra em voo."
A FAP esclarece, ainda, que "esta informação foi transmitida às autoridades finlandesas".
O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, já tinha avançado que o avião em causa poderia ser um dos que estava ao serviço da NATO na Polónia e que Portugal e a Finlândia estava a investigar "em conjunto" o incidente.
"A Finlândia é um país amigo e, naturalmente, que, se há qualquer dificuldade, qualquer problema, nós investigamos o assunto em conjunto", disse o ministro aos jornalistas, à margem de uma conferência em Faro.
O Ministério da Defesa da Finlândia anunciou hoje que um avião de vigilância português violou o seu espaço aéreo e contactou as autoridades portuguesas.
Uma porta-voz da Defesa finlandesa, Niina Hyrsky, disse à imprensa que o incidente ocorreu na segunda-feira, às 06:00, a sudoeste da capital, Helsínquia.
Hyrsky escusou-se a dar mais pormenores, afirmando que a situação está a ser investigada pela guarda costeira finlandesa.
A Finlândia não é membro da NATO.