De acordo com a repórter da TVI no local, a Polícia Judiciária está a investigar o caso e já identificou e isolou o agressor.
Ainda de acordo com a reportagem da TVI, o crime aconteceu este domingo de manhã, durante a hora do recreio, quando a vítima e o homicida começaram uma violenta discussão. Lee dos Santos, assim se chama o jovem que morreu, terá tentado ajudar um dos amigos envolvidos na discussão que aconteceu no recreio.
No meio da confusão um dos reclusos acabou por atingir mortalmente o jovem de 27 anos com aquilo que será uma faca ou um objeto cortante. A vítima acabou por não resistir aos ferimentos, mas não teve morte imediata. Morreu 20 minutos depois de um outro recluso o ter transportado para a enfermaria, mas conforme a TVI apurou junto da família da vítima, não havia ninguém para socorrer o jovem.
Às 10:45 chegou ao local uma equipa dos bombeiros de Alcabideche, que tentaram a todo o custo socorrer o jovem, que acabou por não resistir aos ferimentos.
De acordo com a Lusa, o INEM foi chamado ao local, tendo declarado o óbito.
O crime terá sido cometido com uma arma branca, que até meio da tarde não foi encontrada. A procuradora do Ministério Público de Cascais de turno já tomou conta da ocorrência.
Homicídio é consequência da falta de guardas
O presidente da Associação Sindical das Chefias do Corpo da Guarda Prisional disse, este domingo, que o homicídio de um recluso na prisão do Linhó resulta da «rutura dos serviços prisionais» e de uma «manifesta falta de guardas».
Mateus Dias, disse à Lusa ter «a certeza absoluta» que não havia este domingo nenhum guarda a vigiar os pátios do estabelecimento prisional do Linhó quando o crime foi cometido, e que isso se deve a uma insuficiência do número de efetivos para as reais necessidades dos estabelecimentos.
«Hoje só estavam 40 guardas escalados e isso é manifestamente pouco. Há zonas prisionais que todos os dias estão sem guardas. É lógico que os reclusos tomam conta destes espaços», disse Mateus Dias.
Ainda que reconheça que é normal haver menos guardas de serviço em período de fim-de-semana, por também haver menos tarefas para cumprir nestes dias, o presidente da associação sindical das chefias da guarda prisional sublinhou que mesmo durante a semana se verificam casos de reclusos sem qualquer vigilância ou supervisão, não só no Linhó como em outros estabelecimentos prisionais do país.