Suspeito de asfixar a mulher acusado de homicídio qualificado - TVI

Suspeito de asfixar a mulher acusado de homicídio qualificado

Violência contra as mulheres (Istockphoto)

Ministério Público considera que arguido montou “todo um cenário destinado a criar o convencimento que a vítima se suicidara por enforcamento”

O Ministério Público acusou de homicídio qualificado na forma tentada um homem que terá tentado matar a mulher por asfixia, num crime registado em outubro de 2015, em Braga, informou a Procuradoria-Geral Distrital do Porto.

Em nota publicada no seu site, aquela Procuradoria acrescenta que, previamente ao crime, o arguido montou “todo um cenário destinado a criar o convencimento que a vítima se suicidara por enforcamento”.

Ao arguido foi ainda imputado um crime de violência doméstica, por durante meses ter assumido “comportamentos ofensivos da sua mulher, insultando-a, batendo-lhe, vigiando os seus movimentos e retendo-a contra a sua vontade”.

Segundo a acusação, agora deduzida, o comportamento do arguido ficou a dever-se ao facto de a mulher lhe ter dito que pretendia iniciar um processo de divórcio, uma situação com a qual “não se conformou”.

De maio a outubro de 2015, o arguido “deu curso a vários comportamentos ofensivos” da sua mulher, até decidir “tirar-lhe a vida por esganamento e encobrir o seu ato com uma simulação de suicídio.

Nesse sentido, na manhã de 02 de outubro, o arguido montou, na garagem da residência da mulher, um cenário destinado a criar o convencimento que a vítima se suicidara por enforcamento.

“De seguida, armou uma espera à vítima num dos acessos às garagens, lançou-lhe as mãos ao pescoço quando ela ia a passar e apertou com força procurando tirar-lhe a vida por asfixia”, acrescenta a nota da Procuradoria.

A intenção seria colocar posteriormente a vítima no cenário de suicídio que montara.

No entanto, não conseguiu concretizar os seus intentos, por causa da réplica que a vítima deu, debatendo-se, e por ter sido surpreendido no seu ato por terceiros.

O arguido, de 47 anos e natural e residente no concelho de Braga, aguarda julgamento em prisão preventiva.
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