A greve dos médicos agendada para a próxima semana vai manter-se, anunciou o Secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos após reunião com o Ministério da Saúde.
Durante os 500 dias que tem este Governo tentámos negociar, não houve qualquer resposta objetiva, nomeadamente, no que tem a ver com redução de cargas de trabalho que estavam prometidas [desde] a altura da troika. (...) Fazemos um apelo para que o Governo, depois desta greve, passe a negociar de forma séria", afirmou Jorge Roque Cunha à saída da reunião.
A paralisação geral está agendada para os dias 10 e 11. Sindicatos exigem respostas concretas do Governo a vários problemas que preocupam os profissionais, como a redução do número de horas máxima de urgências, a reposição integral do pagamento das horas extraordinárias e a redução do número de utentes por médico de família.
Jorge Roque Cunha pede aos utentes que evitem recorrer aos serviços hospitalares nestes dias.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos garantiu, também, que o Governo não se "aproximou das posições sindicais", bastante "realistas", pelo que a greve servirá para mostrar o descontentamento destes profissionais da Saúde.
Mário Jorge Neves espera uma adesão em larga escala.
É inevitável. Estamos no terreno e o descontentamento é muito grande. Estamos a falar de matérias que andam a ser discutidas há mais de um ano"
Ambos os sindicatos garantem o cumprimento dos serviços mínimos.