"Tenho advogado internacionalmente a necessidade de ser criado um mecanismo de resposta rápida que permita aos refugiados e estudantes de ensino superior de países em guerra, receberem bolsas de estudo de emergência, por forma a poderem concluir a sua formação", disse Jorge Sampaio.
O ex-chefe de Estado português e presidente da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, deslocou-se hoje a Castelo Branco, para participar nas comemorações do 35.º aniversário do Instituto Politécnico local.
Sampaio explicou à plateia que se tem debruçado, nos últimos tempos, sobre a questão do papel da educação superior nas situações de emergência, como as resultantes de conflitos.
"A quem caberá senão a eles [refugiados] a reconstrução do país? Quem, senão eles poderão ser os lideres do futuro?", questionou o antigo Presidente da República.
"Este é um tema, tanto mais importante dos nossos dias, quanto o número de refugiados deslocados ultrapassa os 70 milhões e as crises humanitárias se sucedem e multiplicam à nossa volta, requerendo respostas mais rápidas", concluiu.