Número de casos de legionella no S. Francisco Xavier sobe para 24 - TVI

Número de casos de legionella no S. Francisco Xavier sobe para 24

  • SS - atualizada às 15:43
  • 5 nov 2017, 12:55

O número já foi confirmado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que este domingo esteve no Hospital São Francisco Xavier. O governante garantiu que o surto de legionella está controlado e circunscrito ao hospital

O número de casos de legionella no Hospital de São Francisco Xavier em Lisboa subiu para 24, informou este domingo o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O número já foi entretanto confirmado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que este domingo esteve no Hospital São Francisco Xavier.

São 24. (...) As situações, do ponto de vista clínico, estão estabilizadas. Temos dois doentes nos cuidados intensivos, mas a situação é estável", sublinhou o secretário de Estado de Saúde, em declarações aos jornalistas.

Manuel Delgado admitiu que o número de casos ainda "pode aumentar ligeiramente".

O secretário de Estado da Saúde visitou o Hospital São Francisco Xavier para se inteirar do estado dos doentes e das medidas tomadas. Manuel Delgado reuniu-se com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e com a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Rita Perez.

O governante garantiu ainda que o surto de legionella está controlado e circunscrito ao hospital.

“A situação está circunscrita, está controlada e o hospital. Não temos situações críticas e o hospital está a responder adequadamente à situação que foi criada.”

Manuel Delgado deu conta ainda de que já foi aberto um inquérito interno para apurar o que terá falhado.

A nossa principal preocupação como Governo é contribuir para que esta questão seja esclarecida do ponto de vista técnico porque há aqui questões que ainda não foram esclarecidas e, nesse sentido, o hospital tem um inquérito interno a decorrer e estamos à espera das suas conclusões para tomar outro tipo de meddias. (...) Neste momento não temos razões para imaginar o que é que falhou até porque todas as análises e o período em que elas devem ser realizadas foram cumpridos pelo hospital e deram negativo na última avaliação que foi feita e cujo resultado foi produzido no dia 27 de outubro."

Questionado pelos jornalistas se existem razões para preocupação, recusou alarmismo, sublinhando que “foram tomadas as medidas que se impunham”, desde a deteção do primeiro caso, a 31 de outubro.

Imediatamente se estabeleceu uma equipa com a Direção-Geral de Saúde, o Instituto Nacional Ricardo Jorge […] e o próprio hospital de São Francisco Xavier, no sentido de criar uma ‘task force’ [unidade específica] que investigasse a situação”, notou.

De acordo com Manuel Delgado, “uma das medidas prioritárias foi, desde logo, o ataque do ponto de vista químico e térmico à água do reservatório do hospital e isso permitiu identificar as condições para melhorar a situação”.

Vai-nos permitir agora identificar, através de uma análise que vai ser feita ainda hoje, se essa atitude corretiva teve resultados positivos, que esperemos que tenha tido”, acrescentou.

Antes das declarações do secretário de Estado, uma nota divulgada no site do SNS dava conta deste novo balanço. Recorde-se que o balanço anterior, feito no sábado, indicava 19 casos de legionella.

Foram diagnosticados, desde o passado dia 31 de outubro, no Hospital de São Francisco Xavier, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, 24 casos de doença dos legionários, confirmados laboratorialmente”, indica o SNS numa nota publicada no seu ‘site’.

Do total, "23 doentes passaram pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental", enquanto "um outro caso com ligação epidemiológica ao Hospital de São Francisco Xavier foi diagnosticado numa unidade de saúde privada", precisou o SNS, indicando que nove destes casos foram "diagnosticados na passada sexta-feira".

Apenas um dos afetados já teve alta "e os restantes mantêm-se internados, dos quais dois em unidade de cuidados intensivos, três na urgência e 17 em enfermaria", adianta o SNS.

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