Mais de metade das mortes em excesso em Portugal atribuídas à covid-19 - TVI

Mais de metade das mortes em excesso em Portugal atribuídas à covid-19

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  • 8 jan 2021, 11:53
Covid-19

Morreram cerca de 13.000 pessoas a mais entre março e dezembro do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Estatística

As mortes associadas à doença covid-19 representaram 52% do excesso de mortalidade verificado em Portugal entre março e dezembro do ano passado, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o boletim do INE sobre mortalidade em contexto de pandemia, desde 2 de março - data do primeiro caso diagnosticado de infeção com o novo coronavírus - e até 27 de dezembro, morreram 99.356 pessoas, um aumento de 12.852 mortes em relação à média dos mesmos meses nos anos de 2015 a 2019.

Desses 12.852 óbitos a mais, 6.677 foram atribuídos à covid-19, o que representa uma percentagem de 52%. Só entre 30 de novembro e 27 de dezembro morreram 2.172 pessoas com covid-19, um número que supera o aumento de 1.884 mortes em relação à média para o mesmo período dos últimos cinco anos.

O INE salienta que o aumento do número de mortes em relação à média dos cinco anos anteriores foi, com o aproximar do fim de 2020, "cada vez mais explicado pelo aumento dos óbitos por covid-19".

No boletim sobre a mortalidade semanal divulgado em novembro, as mortes por covid-19 representavam menos de 30% do aumento de mortalidade em relação aos números de 2015-2019.

Do total de mortes no período de circulação do novo coronavírus, 49.453 foram de homens e 49.903 de mulheres e mais de 70% tinham 75 anos ou mais.

Em relação à média 2015-2019, morreram mais 10.886 pessoas com mais de 75 anos e destas, 8.038 tinham 85 anos ou mais.

Nesse período de 2020, 60.024 mortes aconteceram em contexto hospitalar - mais 5.650 - mas o maior aumento verificou-se nas mortes fora dos hospitais, que subiram 7.202 para 39.332.

O INE nota, no entanto, que a partir de 26 de novembro, o maior aumento no número de mortes verificou-se em hospitais.

Por região, o maior aumento do número de mortes verificou-se na região Norte, onde morreram mais 5.696 pessoas do que no período homólogo dos cinco anos anteriores, seguindo-se Lisboa (mais 3.428 mortes), Centro, (mais 2.423), Alentejo (mais 948), Algarve, (mais 256), região Autónoma da Madeira (mais 129) e Açores (mais 114).

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