Ministro com "muitas incertezas" sobre regresso às aulas presenciais a 4 de maio - TVI

Ministro com "muitas incertezas" sobre regresso às aulas presenciais a 4 de maio

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 9 abr 2020, 20:46

O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esteve esta quinta-feira no Jornal das 8 da TVI. O governante admitiu a realização de exames em pavilhões, ginásios e espaços abertos por causa da pandemia de Covid-19

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou esta quinta-feira, numa entrevista no Jornal das 8 conduzida pelo jornalista Pedro Pinto, que o Governo tem "muitas incertezas e certeza de que há muito trabalho a fazer" no sentido de os alunos do 11.º e 12.º ano regressarem às aulas presenciais no dia 4 de maio.

A saúde pública é o mais importante e só regressaremos às escolas quando houver segurança", afirma o ministro, admitindo que todo o sistema educativo está pensado para o modo presencial.

Explicando que o importante é corresponder às expectativas dos estudantes, Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que o adiamento da primeira fase dos Exames Nacionais para entre 6 e 23 de julho surge de uma necessidade de preparação por parte dos alunos. 

Questionado se tem um plano B no caso de, no mês de julho, a sociedade portuguesa viver um nível de confinação igual ao de hoje, o ministro da Educação reforçou que o plano A, B e C passa por acreditar que as escolas vão estar preparadas para a realização de exames e para encontrar arquiteturas que correspondam às normas de segurança.

Essas arquiteturas podem passar pela realização de exames em pavilhões, ginásios e espaços abertos.

O ministro da Educação reforçou que os Exames Nacionais apenas contam para a entrada no Ensino Superior e que cada escola vai atribuir as notas da disciplina com base na nota interna do aluno.

Tiago Brandão Rodrigues afirmou ainda que a principal missão durante este período letivo é não deixar ninguém para trás e que, para isso, o Governo está a colaborar com muitos parceiros para que todos os alunos tenham recursos educacionais para acompanharem o plano curricular.

Tiago Brandão Rodrigues explicou que o tempo de pandemia "é a prova viva de que a escola é o verdadeiro ascensor social" e que a frequência diária no ensino é aquilo que faz com que, independentemente da origem socio-económica, cada aluno tenha os mesmos recursos para atingir os seus próprios objetivos.

Agora, é importante manter esta realidade e dar a todas as famílias os recursos para acompanharem devidamente as crianças", afirma o ministro da Educação, sublinhando a importância de ter em sinal aberto e de forma sequencial, "blocos temáticos de largo espectro".

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