Militares da GNR detidos por agressões foram suspensos; um ficou em prisão domiciliária - TVI

Militares da GNR detidos por agressões foram suspensos; um ficou em prisão domiciliária

  • 9 mai 2019, 19:22
GNR (arquivo)

São suspeitos de terem agredido dois imigrantes nepaleses, que trabalhavam na agricultura na zona de Vila Nova de Milfontes, na sequência de um desentendimento entre uma das vítimas e o patrão

Os cinco militares da GNR detidos pela Polícia Judiciária de Setúbal por crimes de sequestro, ofensas à integridade física agravadas e invasão de domicílio, ficaram suspensos de funções, apurou a TVI.

Um dos militares ficou também em prisão domiciliária e outro ficou sujeito a termo de identidade e residência.

O caso remonta a outubro de 2018, quando os militares da GNR estavam colocados em postos do baixo Alentejo, de Odemira e Vila Nova de Milfontes. Os cinco detidos são suspeitos de, na altura, terem agredido dois imigrantes nepaleses, que trabalhavam na agricultura na zona de Vila Nova de Milfontes, na sequência de um desentendimento entre uma das vítimas e o patrão.

Um dos militares, próximo do empresário agrícola, estava presente num encontro entre este e alguns funcionários. Nessa reunião, surgiu um conflito entre um dos imigrantes e o patrão e o elemento da GNR terá saído em defesa do amigo.

Mais tarde, sabendo onde dormiam os imigrantes, o guarda chamou pelo menos três outros militares da GNR, de dois postos, que são suspeitos de terem levado a cabo um ataque pessoal de vingança - invadindo uma casa particular onde sequestraram e agrediram violentamente quer o imigrante que tivera a discussão com o patrão, quer outro homem que saiu em socorro da vítima.

Há testemunhas destes crimes, que denunciaram os mesmos à hierarquia da GNR. A PJ de Setúbal avançou com várias inquirições e outras diligências para obtenção de prova, o que culminou com a detenção dos suspeitos, na quarta-feira de manhã.

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