A variante Delta é a variante dominante em todas as regiões de Portugal, atingindo uma frequência relativa de 89% dos casos.
A informação consta do mais recente relatório das Linhas Vermelhas, produzido pelo INSA e DGS, para a semana entre 21 e 27 de junho.
O relatório dá ainda conta de que, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, a atual ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos, "está muito próxima ou acima dos limiares de ocupação definidos".
A região de Lisboa e Vale do Tejo registava até ao dia sete de julho 82 doentes internados em UCI, o que representa 60 % do total de casos a nível nacional e corresponde a 99 % do limite regional definido. Por seu lado, a região do Algarve apresenta 15 doentes em cuidados intensivos, 150% do limite definido no relatório das Linhas Vermelhas.
O grupo etário com maior número de internados em camas de cuidados intensivos corresponde ao grupo etário dos 40 aos 59 anos.
Na mesma linha, o número diário de internados em Unidades de Cuidados Intensivos no continente revelou uma "tendência crescente", correspondendo agora a 56 % do valor crítico definido de 245 camas ocupadas, sendo que na semana passada o valor ascendia aos 46%.
Avaliando toda a realidade pandémica no território nacional, o relatório indica que a evolução do vírus tem sido de "elevada intensidade e tendência crescente, disseminada em todo o país".
Atualmente, a pandemia tem registado maior impacto nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve. "No último mês, o aumento da atividade epidémica tem condicionado, um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde, em especial na ocupação dos Cuidados Intensivos e nas regiões LVT e Algarve", sublinha o relatório.
O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 287 casos, com tendência crescente a nível nacional.
O valor do Rt, indicam os especialistas, apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,18) e em todas as regiões de saúde, indicando, igualmente, "uma tendência crescente" que é mais acentuada nas regiões Norte e Alentejo, que apresentam um Rt de 1,34 e 1,26 respetivamente.
O limiar de 240 casos/100 000 habitantes na taxa de incidência acumulada a 14 dias já foi ultrapassado a nível nacional e nas regiões de LVT e Algarve.
A manter-se a taxa de crescimento atual, as autoridades de saúde estimam que o tempo até que as restantes regiões atinjam este limiar seja inferior a 15 dias.