Greve nas cantinas deve afetar hospitais, escolas e fábricas - TVI

Greve nas cantinas deve afetar hospitais, escolas e fábricas

Trabalhadores reivindicam aumentos salariais, defesa de direitos e negociação do contrato coletivo. Sindicato diz que ordenados não são atualizados há sete anos e que feriados e noites não são pagos devidamente

Os trabalhadores das cantinas, áreas de serviço e bares concessionados vão estar em greve esta sexta-feira, o que deverá hospitais, escolas, centros de formação e fábricas. As reivindicações passam por aumentos salariais, defesa de direitos e negociação do contrato coletivo.

As empresas deste setor de atividade não atualizam os salários há sete anos, [datando a última tabela salarial de 2010[. Muitos trabalhadores já foram apanhados pelo salário mínimo nacional, quando antes sempre receberam acima deste”.

 

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte dizem ainda que o protesto se faz também pelas práticas das empresas que, diz, são uma “violação dos direitos dos trabalhadores”. Fala do não pagamento do trabalho prestado em dia feriado de acordo com o codevenntrato coletivo de trabalho (CCT) em vigor, do subsídio noturno das 20:00 às 22:00, do subsídio de alimentação nas férias e dos salários “de acordo com as funções efetivamente exercidas” pelos trabalhadores.

Impõem horários de 12 horas diárias e 60 horas semanais, pondo em causa a saúde dos trabalhadores e o direito à conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar”.

O sindicato acusa ainda as empresas de não respeitarem os quadros e densidades previstos no CCT, “impedindo assim a progressão na carreira aos cozinheiros e outros trabalhadores”.

Segundo a delegação do Centro do sindicato, naquela região irão aderir à greve “cerca de 400 trabalhadores do setor da alimentação coletiva das escolas, hospitais, serviços do Estado e fábricas.

“Mais de 40 refeitórios escolares, nos do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) e nalguns serviços de alimentação hospitalar nos distritos de Coimbra, Guarda, Aveiro, Castelo Branco e Leiria, com trabalhadores ao serviço das empresas Uniself, Eurest e Gertal/ITAU", deverão ser afetados, ficando apenas de fora as unidades do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH).

Em Lisboa, está prevista para as 09:00 uma concentração dos trabalhadores em greve frente à Trivalor, enquanto no Porto os grevistas se concentrarão, pelas 09:30, junto à porta do Hospital de Santo António, “para fazer um balanço da greve e denunciar publicamente a situação”.

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