Detido burlão que recebia dinheiro para comprar viaturas e imóveis penhorados - TVI

Detido burlão que recebia dinheiro para comprar viaturas e imóveis penhorados

  • CE
  • 10 mai 2019, 12:59
Polícia Judiciária

Homem, de 37 anos, foi detido na zona de Lisboa por burlar conhecidos, que convencia a entregarem-lhe dinheiro para conseguir boas oportunidades de negócio, nomeadamente compra de viaturas de alta cilindrada ou imóveis penhorados

Um homem de 37 anos foi detido na zona de Lisboa por burlar conhecidos, que convencia a entregarem-lhe dinheiro para conseguir boas oportunidades de negócio, nomeadamente compra de viaturas de alta cilindrada ou imóveis penhorados, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

De acordo com a Polícia Judiciária, os crimes terão ocorrido desde 2017, envolvendo mais de uma dezena de lesados, que terão entregado ao suspeito montantes que totalizam quase 500.000 euros.

O suspeito divulgava a falsa notícia, junto de amigos, de que conhecia pessoas responsáveis em diversas entidades, desde leiloeiras a instituições de crédito, e que, por isso, tinha conhecimento privilegiado de boas oportunidades de negócio, nomeadamente a venda, em leilão, de viaturas de alta cilindrada praticamente novas, ou de imóveis penhorados, por preços inferiores aos valores de mercado”, descreveu a PJ, numa nota, salientando que o homem é suspeito de vários crimes de burla qualificada.

O detido alegava que, para garantir os negócios, os interessados tinham de pagar antecipadamente os preços dos bens em numerário e por intermédio dele.

Esta forma de pagamento era justificada com o facto de os “contatos privilegiados” do detido “não poderem ser comprometidos, nem a intervenção e influência deles na escolha do comprador ser descoberta”.

Quando os compradores, depois de lhe pagarem, começavam a estranhar a demora na entrega do bem e, na sequência disso, a questioná-lo sobre o assunto, justificava-se com a alegação de que se tratavam de atrasos normais decorrentes da própria tramitação dos negócios, protelando sempre as entregas para mais tarde, as quais, porém, nunca chegavam a ocorrer”, acrescentou a PJ.

Perante os argumentos do autor, as vítimas mantinham-se na expetativa de que iam receber os bens que haviam comprado e adiavam a participação dos seus casos às autoridades, o que atrasou a investigação.

A PJ recuperou parte do dinheiro recebido ilicitamente.

O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeito a prisão preventiva.

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