O protesto será marcado com concentrações e marchas que irão decorrer em 14 localidades do país (Guimarães, Porto, Aveiro, Coimbra, Tortosendo, Leiria, Santarém, Benavente, Lisboa, Setúbal, Grândola, Beja, Évora e Faro), disse à agência Lusa o presidente do MURPI, Casimiro Menezes.
«O nosso protesto é contra o aumento do custo de vida e pela valorização das pensões», porque «sentimos que os reformados estão cada vez mais empobrecidos com a política de Governo», explicou o presidente da confederação.
Casimiro Menezes contou que «muitas famílias de reformados batem à porta» da associação a pedir «uma sopa para o jantar» e há outros casos em que a refeição social que lhes é dada é repartida pelo almoço e jantar.
«São situações limites de fome e de pobreza muito acentuada», lamentou.
O MURPI considera que o protesto deste sábado é a resposta que deve ser dada «perante o drama vivido por milhares de reformados e pensionistas, confrontados com o aumento do custo de vida, o congelamento das suas reformas e pensões desde 2011, o que para milhares significa não terem direito a uma vida com dignidade».
Dados divulgados pela confederação referem que cerca de 1,2 milhões de reformados tinham, em 2014, uma pensão média de 336 euros e cerca de 1,9 milhões de 410,50 euros.
Os dados realçam ainda que mais de 65 mil idosos viram cortado o Complemento Solidário para Idosos, entre 2013 e 2014,
Entre as reivindicações do MURPI estão um aumento de 4,7% nas pensões, com um mínimo de 25 euros mensais nas pensões mais baixas, reposição do pagamento por inteiro dos subsídios de Férias e do Natal e a reposição da isenção de 50% no pagamento dos transportes para idosos.