Dirigente de associação de apoio a carenciados detido por violação e coação sexual - TVI

Dirigente de associação de apoio a carenciados detido por violação e coação sexual

Uma das vítimas tinha apenas quatro anos e as restantes entre os 32 e os 55 anos. Todas elas encontravam-se acolhidas na associação que o presumível agressor dirige

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, de 56 anos, dirigente de uma associação de apoio a pessoas carenciadas, por fortes indícios da prática de dezenas de crimes contra a liberdade sexual e a integridade física.

De acordo com o comunicado, os factos ocorreram entre os anos de 2018 e 2020, na área metropolitana de Lisboa, contra seis vítimas "especialmente vulneráveis"

Os factos que determinaram a detenção, ocorridos durante os anos de 2018 a 2020, consubstanciam crimes de violação e coação sexual, agravados e ofensas à integridade física qualificadas", esclarece a PJ. 

Sabe-se ainda que uma das vítimas tinha apenas quatro anos e as restantes entre os 32 e os 55 anos. Todas elas encontravam-se acolhidas na associação que o presumível agressor dirige. A PJ esclareceu ainda que, neste momento, "estão em segurança”.

Em declarações à Lusa, a inspetora Cláudia Fernandes, da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, disse que em relação à vítima menor, filha de uma outra, o crime imputado ao detido foi o de ofensas à integridade física.

Quando se trata de crimes de índole sexual contra adultos, maiores de idade, a PJ só pode atuar se houver denúncia, não é igual aos crimes cometidos contra menores, em que as autoridades não são impedidas de atuar”, explicou.

Por isso, Cláudia Fernandes apelou à denúncia de qualquer crime desta natureza às autoridades, esclarecendo que quem denuncia não precisa de ser testemunha do crime, nem num posterior processo, cabendo à PJ depois investigar.

Quanto mais cedo estes crimes forem denunciados, mais cedo as autoridades atuam e menos probabilidade de o predador sexual continuar a perpetuar o crime”, sublinhou.

Confirmou que neste caso a denúncia partiu de uma das primeiras vítimas do detido, que já não se encontrava na associação, sendo que a investigação decorreu durante cerca de um ano.

Apesar de não ter resistido, o homem não deu a devida valorização à sua conduta, não entendeu que estavam erradas”, acrescentou.

A inspetora escusou-se a revelar mais informações sobre as vítimas e também sobre o local onde aconteceram os crimes, adiantando somente que se trata de uma associação localizada na Grande Lisboa, que funcionava como casa de acolhimento de emergência a pessoas carenciadas.

O suspeito foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.

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