Caso Tancos: juiz Carlos Alexandre comunica a 26 de junho quem vai a julgamento - TVI

Caso Tancos: juiz Carlos Alexandre comunica a 26 de junho quem vai a julgamento

  • Henrique Machado
  • BC
  • 13 mai 2020, 16:41
Juiz Carlos Alexandre

Ministério Público já pediu a pronúncia de todos os arguidos nos exatos termos da acusação no processo

O juiz Carlos Alexandre comunica a 26 de junho a decisão instrutória do caso de Tancos, revelando quais os arguidos que vão a julgamento e por que crimes serão julgados.

Esta quarta-feira terminaram as sessões do debate instrutório, uma fase em que o juiz ouviu as alegações do Ministério Público e dos advogados que pediram a abertura da fase de instrução do processo que investigou o furto e achamento do armamento subtraído aos paióis de Tancos.

A instrução é uma fase facultativa do processo para recolha de prova dirigida por um juiz e foi pedida por 15 dos 23 arguidos envolvidos no caso.

Recorde-se que o Ministério Público já pediu a pronúncia de todos os arguidos nos exatos termos da acusação no processo relacionado com o assalto aos paióis de Tancos. 

O pedido foi feito pela procuradora do processo, Cláudia Porto, no início do debate instrutório do processo, no tribunal de Monsanto, em Lisboa, onde foi referido que os elementos da Polícia Judiciária Militar (PJM) e o então ministro da Defesa Azeredo Lopes deram aos assaltantes um acordo de garantias e impunidade.

Entre os 23 acusados estão o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o ex-diretor nacional da PJM Luís Vieira, o ex-porta-voz daquela polícia Vasco Brazão, três militares da GNR e o ex-fuzileiro João Paulino, acusados de um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Nove dos arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles o antigo ministro da Defesa e os dois elementos da PJM, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O caso do furto do armamento dos paióis de Tancos foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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