"Nestas situações não há fardas". GNR está de "luto" por agente da PSP morto em Évora - TVI

"Nestas situações não há fardas". GNR está de "luto" por agente da PSP morto em Évora

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  • 13 dez 2020, 18:52
GNR

Alegado autor do atropelamento mortal é um guarda prisional, de 52 anos

A GNR manifestou hoje pesar pela morte do agente da PSP do Comando Distrital de Évora que foi atropelado, no sábado à noite, na cidade alentejana, após intervir numa situação de violência doméstica.

A GNR manifesta o seu pesar pela perda” do agente, “vítima de atropelamento" e endereça "as mais sentidas condolências" aos "seus pares, familiares e amigos", pode ler-se numa publicação desta força de segurança na sua página na rede social Facebook.

Também o Comando Distrital de Évora da GNR, numa publicação na mesma rede social, se associou ao luto pelo agente da PSP.

Um agente da PSP de Évora morreu esta madrugada, depois de ter sido atropelado quando prestava auxílio a uma mulher, vítima de agressão na via pública”, lembrou o comando distrital da Guarda, realçando que o suspeito acabou por ser intercetado, mais tarde, por militares da própria GNR.

O polícia que morreu “era camarada de outra farda, mas nestas situações não há fardas”, frisou GNR de Évora, acrescentando: “Somos só um, porque estamos todos juntos. No luto, como na homenagem”.

O agente da PSP, de 45 anos, morreu hoje de madrugada, às 00:54, no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), depois de ter sido atropelado por uma viatura alegadamente conduzida por um guarda prisional, que fugiu e foi intercetado depois pela GNR, revelou o Comando Nacional da Polícia.

O agente não estava de serviço, no sábado à noite, mas abordou uma situação de violência doméstica que presenciou na rua, que alegadamente envolveu o guarda prisional e a respetiva companheira, e acabou por ser atropelado pelo suposto agressor, sendo transportado para o HESE “em estado muito grave”.

A agressão, em que o homem “arrastou a mulher pelo chão e obrigou-a a entrar numa viatura”, ocorreu, às 21:45, no Rossio de São Brás, no centro de Évora, de acordo com a PSP.

Interveio para fazer cessar o crime em curso”, mas, “ao tentar impedir a fuga do agressor, o Polícia foi atropelado” e “arrastado cerca de 40 metros” pela viatura do suspeito, acrescentou o Comando nacional da PSP, que também já expressou pesar pelo sucedido.

O alegado autor do atropelamento mortal é um guarda prisional, de 52 anos, e foi intercetado às 03:50 pela GNR, na freguesia de Ranholas, no concelho de Sintra (Lisboa), junto ao estabelecimento prisional local, onde trabalhava, revelou à Lusa fonte desta força de segurança.

O caso está entregue à Polícia Judiciária e o suspeito do alegado homicídio por atropelamento já foi transportado para Évora, para o interrogatório policial. Está previsto ser presente, na segunda-feira à tarde, nesta cidade, a um juiz de Instrução Criminal, segundo fonte policial contactada pela Lusa.

A mulher alegadamente alvo das agressões perpetradas pelo homem em Évora, que motivaram a intervenção do agente policial, é sua “namorada” e encontrava-se na viatura automóvel, quando foram abordados pela GNR, tendo já sido “ouvida” pela PJ, disse a mesma fonte.

O Governo, através de um comunicado assinado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já lamentou hoje este “momento trágico” e manifestou “profundo pesar” pela morte do agente da PSP.

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou e manifestou “profunda consternação” pela morte do agente, vítima de “um brutal atropelamento” no “cumprimento da sua missão”, e assinalou ter expressado as condolências à viúva.

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