Doentes com cancro sem tratamento em tempo útil no Hospital do Barreiro - TVI

Doentes com cancro sem tratamento em tempo útil no Hospital do Barreiro

Cancro

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo confirmou a existência de três casos e decidiu abrir um inquérito externo. Utentes em causa fizeram o tratamento principal, mas os coadjuvantes, como a quimioterapia, não

Há casos de doentes com cancro que não fizeram "tratamentos coadjuvantes" por ter sido ultrapassado o tempo, no Centro Hospitalar Barreiro/Montijo. O Conselho de Administração confirmou isso mesmo, este sábado, avançando desde já que vai avançar com um inquérito externo.

Três doentes oncológicos não fizeram quimioterapia depois das cirurgias porque o Hospital do Barreiro deixou ultrapassar o chamado tempo útil e depois disso o tratamento não tem eficácia, noticiou a SIC, tendo depois o centro hospitalar enviado um comunicado à Lusa.

"O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) confirma a existência de três situações em que não terão ocorrido, em tempo, os tratamentos oncológicos coadjuvantes, por perda da janela terapêutica útil"

O Centro Hospitalar salienta que os doentes fizeram o tratamento principal e encontram-se a ser seguidos pelos serviços hospitalares adequados, "não podendo concluir-se desde já que tal evento terá comprometido o seu seguimento".

A administração refere que apenas teve conhecimento da situação do dia 12 de maio e que vai avançar com um inquérito externo.

"O Conselho de Administração do CHBM lamenta o sucedido e informa que vai pedir um inquérito externo, com vista ao completo esclarecimento da situação"

No documento, a administração anuncia que a atual Responsável da Unidade de Oncologia tem em curso, com a participação da Comissão Oncológica do Centro Hospitalar, a criação de novos mecanismos, que "visam garantir a melhor prestação dos cuidados aos doentes seguidos na instituição e a adoção de medidas preventivas apropriadas, otimizando o processo desde o diagnóstico às Reuniões de Decisão Terapêutica e vários tratamentos, que evitarão ocorrência de situações similares".

Recorde-se que o diretor de Oncologia do hospital do Barreiro se demitiu em março e a Ordem mostrou-se “muito preocupada” com a resposta aos doentes na instituição da margem sul do Tejo.

Continue a ler esta notícia