Os sete agentes da PSP envolvidos na morte de uma mulher durante uma perseguição policial, em Lisboa, vão ser ouvidos pela Polícia Judiciária na condição de testemunhas, segundo apurou a TVI.
Inicialmente, os agentes foram constituídos arguidos, mas a PJ alterou a qualidade em que vão ser ouvidos no processo.
Os sete agentes pertencem à equipa de intervenção rápida de Loures.
Segundo o comunicado da PSP, a mulher seguia num carro que não parou à ordem policial e que tentou atropelar os agentes, mas não estava relacionada com o gangue de assaltantes que estes perseguiam.
A Inspeção Geral da Administração Interna abriu entretanto um inquérito para investigar os factos que levaram à morte da mulher.
Segundo o que a TVI apurou, sete agentes estavam no local, no Bairro da Encarnação, quando tudo aconteceu.
A viatura que se aproximou dos agentes tinha as luzes desligadas e não acatou a ordem de paragem.
Os agentes puseram-se então à frente do carro e o condutor terá tentado atropelá-los.
Mais à frente, outros agentes tentaram o mesmo e a reação do condutor terá sido também a mesma.
Foi nessa altura que um disparo de um dos agentes atingiu a mulher no pescoço.
O homem que conduzia esta viatura foi detido por condução sem habilitação legal, por desobediência ao sinal de paragem e por condução perigosa.
A PSP estava em alerta após um assalto que tinha ocorrido pouco tempo antes no Pragal, em Almada, e cujos dois suspeitos continuam em fuga.
Fonte policial avançou à TVI que dois agentes ficaram feridos nesta operação: um deles no Bairro da Encarnação, onde ficou com ferimentos ligeiros na tentativa de atropelamento, e outro ainda durante a perseguição aos assaltantes.