Tires: dois homens e duas mulheres estavam na aeronave - TVI

Tires: dois homens e duas mulheres estavam na aeronave

Aeronave despenhou-se cerca de dois mil metros depois da descolagem, provocando cinco mortos e quatro feridos

Cinco pessoas morreram na queda de uma aeronave, esta segunda-feira, junto a um supermercado, em Tires. Quatro pessoas ficaram ainda ligeiramente feridas. O aparelho tinha matrícula suíça.

As vítimas mortais são o piloto, de nacionalidade suíça, os três ocupantes da aeronave - duas mulheres e um homem, todos franceses-, e uma pessoa que estava em terra. As autoridades ainda não confirmaram a identidade da vítima que se encontrava em terra, mas o comandante dos Bombeiros Voluntários da Parede, Pedro Araújo, admitiu que "tudo leva a crer" que se trata do motorista do camião em que embateu a aeronave.

Os cinco corpos foram retirados dos escombros ao início da noite, altura em que as operações de socorro foram concluídas, como informou a Proteção Civil.

Os quatro feridos ligeiros foram encaminhados para o hospital apenas por precaução, não correndo risco de vida, como confirmou o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, no local.

A aeronave deslocava-se de Tires para Marselha. O acidente aconteceu momentos depois da descolagem, pelas 12:00, quando a "aeronave embateu numa galera".

O comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa, André Fernandes, tinha indicado esta tarde que os ocupantes eram todos adultos.

A queda da aeronave atingiu ainda uma moradia e parte da estrutura do supermercado Lildl. O incêndio que se seguiu e que atingiu um camião e uma moradia já foi dominado.

Fonte da cadeia de supermercados confirmou que a aeronave caiu junto dos armazéns da loja de Tires e especificou que não há vítimas entre os funcionários do LIDL.

O supermercado encontrava-se, na altura do acidente, com alguns clientes, mas, segundo André Fernandes, as pessoas saíram do estabelecimento sem problemas de maior, depois de ativados os procedimentos de segurança.

 

Nove desalojados

Nove pessoas ficaram desalojadas na sequência deste acidente, disse à Lusa fonte da Proteção Civil de Cascais.

Segundo o comandante municipal da Proteção Civil, Pedro Mendonça, "ficaram nove pessoas desalojadas” devido aos danos causados numa habitação e num anexo.

“Mas não foi preciso realojá-las porque vão ficar com familiares", acrescentou.

As nove pessoas residiam numa habitação e num anexo situado junto ao supermercado LIDL.

Uma fonte aeronáutica indicou à Lusa que o aparelho sinistrado é um Piper, modelo Cheyenne II, bimotor.

 

Presidente e Governo no local

O Presidente da República esteve em Tires a falar com testemunhas do acidente, mas abandonou o local sem falar aos jornalistas.

No local esteve também o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que admitiu não existirem mais vítimas mortais, na sequência dos trabalhos desenvolvidos pelos operacionais de socorro.

O governante adiantou ainda que "dentro de pouco tempo será feito o levantamento das vítimas [mortais] do local da tragédia", operação que vai permitir confirmar a sua identificação.

O secretário de Estado referiu também que as autoridades de socorro chegaram ao local num espaço de "seis minutos", após o alerta.

O diretor do aeródromo diz que ainda é "prematuro" fazer uma avaliação do que aconteceu. O aeródromo de Tires foi reaberto às 14:20. 

 

Relatório preliminar publicado dentro de 30 dias 

Entretanto, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) informou que vai publicar dentro de 30 dias o relatório preliminar sobre a queda da aeronave.

Num comunicado divulgado na sua página da Internet, o GPIAAF indica que, no local, dois investigadores procederam "à recolha de evidências e demais tarefas necessárias à investigação do acidente, em articulação com as autoridades de proteção civil" e que os destroços da aeronave "ficarão à guarda do GPIAAF", tendo em vista "posterior anaálise" no âmbito do processo de investigação.

Brevemente será publicada, nesta página eletrónica, a respetiva nota informativa e no prazo de 30 dias o GPIAAF publicará um relatório preliminar com os factos que, entretanto, sejam determinados", lê-se na mesma nota.

 

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