Jogo Duplo: prisão preventiva para três arguidos - TVI

Jogo Duplo: prisão preventiva para três arguidos

Restantes 12 arguidos ficaram com Termo de identidade e residência

Três dos 15 arguidos na operação 'Jogo Duplo', de suspeitas de manipulação de resultados de jogos da II Liga de futebol, com recurso a aliciamento de jogadores, ficaram em prisão preventiva, tendo os restantes sido libertados com Termo de Identidade e Residência, depois de terem sido interrogados, nesta terça-feira, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa.

A medida de coação mais gravosa foi aplicada ao jogador brasileiro do Oriental Diego Tavares e aos empresários Gustavo Oliveira e Carlos Silva, este último mais conhecido por "Aranha" e com ligações à claque do FC Porto SuperDragões.

A prisão preventiva aplicada aos arguidos pode evoluir para prisão domiciliária, depois de concluídos os relatórios sociais.

O presidente do Leixões, Carlos Oliveira, e o diretor desportivo do clube de Matosinhos, Nuno Silva, ficaram também proibidos de exercer qualquer cargo desportivo.

Além do TIR, os 12 arguidos que saíram em liberdade estão impedidos de contactarem entre si.

Entre os 15 arguidos estão, ainda, os jogadores do Oriental João Pedro, André Almeida e Rafael Veloso; os jogadores da Oliveirense Luís Martins, Pedro Oliveira, Ansumane e Hélder Godinho e mais dois que alinharam na equipa de Oliveira de Azeméis esta época (Moedas e João Carela), agora no Estarreja; o ex-futebolista Rui Dolores.

O presidente da SAD do Leixões foi o único dos 15 arguidos a prestar declarações em primeiro interrogatório judicial, uma vez que os restantes suspeitos optaram pelo silêncio.

A juíza de instrução criminal ordenou ainda que a Liga Portuguesa de Futebol Profissional fosse notificada da decisão, com vista à instauração de eventuais processos disciplinares.

As detenções pela Polícia Judiciária ocorreram no sábado.

Num comunicado divulgado nesse dia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) explicava que neste processo investigam-se "factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa na atividade desportiva", envolvendo como suspeitos "dirigentes e jogadores de futebol" e outros com "ligações ao negócio das apostas desportivas".

Os 15 elementos são suspeitos de "manipulação de resultados de jogos da II Liga de futebol, com recurso ao aliciamento de jogadores", esclarece ainda a nota da PGR.

A operação Jogo Duplo realizou buscas em 30 locais e envolveu mais de 70 inspetores e as detenções aconteceram depois dos jogos da última jornada da II Liga.

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