Rio Minho galga margens em Monção e inunda parque das Caldas - TVI

Rio Minho galga margens em Monção e inunda parque das Caldas

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  • 17 dez 2019, 13:01

Rés-do-chão do edifício do antigo balneário termal ficou inundado. Acesso automóvel foi interdito aos parques das Caldas e da Lodeira

O rio Minho galgou hoje as margens em Monção, inundando o rés-do-chão do edifício do antigo balneário termal, o que levou a Câmara a proibir o acesso automóvel aos parques das Caldas e da Lodeira, informou fonte municipal.

Contactada pela agência Lusa, fonte daquela autarquia do distrito de Viana do Castelo explicou que "a subida do nível das águas do rio Minho, causada pela chuva dos últimos dias e pelas descargas da barragem de Frieira, em Espanha, inundou o parque das Caldas, atingindo o rés-do-chão do antigo balneário termal, um edifício municipal desativado há vários anos".

Aquela fonte acrescentou que, face "à previsão de aumento da pluviosidade para os próximos dias, o acesso automóvel ao parque das Caldas e ao parque da Lodeira está proibido por tempo indeterminado, enquanto as condições climatéricas continuaram adversas".

A fonte municipal referiu que a decisão foi tomada esta terça-feira, cerca das 09:00, pelo presidente da Câmara, António Barbosa, que é também o responsável pelo serviço municipal de proteção civil.

O autarca social-democrata "esteve hoje de manhã a visitar as zonas mais sensíveis do concelho para decidir medidas de prevenção face às previsões meteorológicas para os próximos dias".

"A Câmara Municipal de Monção aconselha a população a ter a máxima atenção nos locais próximos do rio e alerta para o perigo decorrente do agravamento das condições atmosféricas", avisa o município, na sua página oficial no Facebook.

Em 2000, segundo a fonte municipal, o concelho registou as cheias mais graves dos últimos anos, com as águas do rio Minho a atingirem o novo balneário termal.

Em Ponte de Lima, o comandante dos bombeiros voluntários, hoje contactado pela Lusa, disse que as águas do Lima, "inundam parte do areal" junto ao rio, uma área utilizada para estacionamento gratuito de dezenas de viaturas e para a feira semanal.

Carlos Lima adiantou que "a subida das águas do rio Lima resulta, entre outros fatores, das últimas descargas das barragens Alto Lindoso e Touvedo, que começaram a debitar mais água para prepararem o encaixe para a chuva que se prevê a partir de amanhã (quarta-feira)".

O responsável desaconselhou o estacionamento de viaturas no areal face às previsões meteorológicas para os próximos dias.

Já em Ponte da Barca, o comandante dos bombeiros, José Freitas, confirmou hoje uma subida “ligeira” do nível das águas do rio Lima, situação que ocorre há já dois dias, mas que classificou de “nada preocupante”, por ter apenas inundado o relvado que se situa junto à margem.

Para quarta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os distritos de Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga com aviso amarelo devido ao vento forte, com rajadas até aos 80 quilómetros por hora (km/h) no litoral e até aos 100 km/h nas terras altas e precipitação, por vezes forte.

Quanto à precipitação, o aviso começa às 15:00 nos distritos de Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Vila Real e Braga e prolonga-se até ao fim do dia.

O aviso amarelo é o segundo menos grave de uma escala de quatro e é emitido quando as condições meteorológicas representam um “risco para determinadas atividades”.

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