Covid-19: população vai ser convocada para ser vacinada por SMS - TVI

Covid-19: população vai ser convocada para ser vacinada por SMS

  • Notícia atualizada às 21:25
  • 17 dez 2020, 19:00
Vacina covid-19

Isso só deve acontecer em abril, antes, devem ser abrangidos os grupos prioritários. O plano de vacinação foi divulgado hoje

O plano de vacinação contra a covid-19 arranca em dezembro, mas a população em geral só deverá começar a ser vacinada em abril. De acordo com o plano traçado pela task force para a campanha de vacinação, a convocação da população deverá ser feita por SMS. 

Num primeiro momento, será perguntado ao utente se quer vacinar-se. A essa mensagem, o utente deve responder com "sim" ou "não". Caso responda afirmativamente, vai receber outro SMS com o agendamento. 

Até abril, vão ser vacinados os grupos prioritários. Está previsto que, entre dezembro e janeiro, 139 mil pessoas sejam vacinadas contra a covid-19 - 21 mil profissionais de saúde e 118 mil residentes e profissionais de lares de idosos. Esta primeira fase irá acontecer nos locais de trabalho dos profissionais de saúde e com equipas móveis que se deslocam aos lares. 

Para fevereiro, está prevista a vacinação dos doentes de risco e esse levantamento está já a ser feito pela Direção-Geral de Saúde.

950 mil pessoas vacinadas até abril

As primeiras vacinas contra a covid-19 chegarão a Portugal a 24 ou 26 de dezembro e estima-se que até abril sejam vacinadas 950 mil pessoas, anunciou o coordenador da task force do Plano de Vacinação.

Segundo o calendário provisório de entrega de vacinas da Pfizer, em dezembro serão entregues 9.750 doses, em janeiro 303.225, em fevereiro 429.000 e em março 487.500

A informação que temos é que as primeiras vacinas chegarão a Portugal ou dia 24 ou dia 26 de dezembro e estaremos em condições de iniciar a vacinação. Aliás, o que está combinado em termos europeus é que todos os 27 estados-membros iniciarão a vacinação de 27 a 29 de dezembro”, afirmou o coordenador da ‘task force´ para o processo de vacinação, Francisco Ramos, no final de um encontro com jornalistas, em que foi apresentado o “Plano de vacinação Covid”

O número de doses que vão chegar são 9.700 e, portanto, nessa última semana do ano vacinaremos apenas profissionais de saúde, que são também parte dos grupos prioritários indicados e que são aqueles que queremos proteger, aqueles que nos protegem”, afirmou.

No dia 5 de janeiro, Portugal receberá mais cerca de 300 mil doses, o que quer dizer que durante esse mês há condições para vacinar cerca de 120 mil pessoas residentes em lares e mais cerca de 20 mil profissionais de saúde.

A diferença entre o número de doses de vacinas disponível e de pessoas vacinadas deve-se à necessidade de se guardarem doses para a segunda toma de quem já iniciou o processo.

Guardaremos de imediato uma dose para todas as pessoas que iniciaram a vacinação, para garantirmos que ela estará disponível para que isso aconteça”, explicou Francisco Ramos.

Testes de cibersegurança à plataforma de gestão das vacinas

Neste momento, segundo o plano, estão a ser implementadas medidas relacionadas com o sistema de monitorização para avaliação da performance das vacinas, aplicação de testes de cibersegurança à plataforma vacinas, que será a base de consulta e registo das inoculações e garantir as condições técnicas (Internet, acesso aos sistemas) nos postos de vacinação.

Será também desenvolvido um sistema de monitorização da administração das vacinas que estará interligado ao sistema de distribuição para gestão de stocks e agendamento.

Este sistema vai permitir acompanhar a atividade de administração por região, local, tipo de vacina e outros atributos que sejam identificados”, refere o documento.

O plano prevê também formação aos profissionais, com a realização de webinars, com conteúdos para sensibilização e formação sobre o plano de vacinação.

Segundo o documento, será feita a monitorização da efetividade e da segurança da vacina, com o seguimento de “vacinados e não vacinados” e também de “acontecimentos adversos”

Será também criada uma “sala de situação”, liderada pela tutela, com o apoio à decisão da task force para “garantir o bom funcionamento do circuito, a articulação permanente entre todas as entidades, coerência entre as diferentes fases do plano, receber informação sobre problemas que surjam, responder a questões que surjam durante o processo e produzir pontos de situação”.

Portugal contabiliza pelo menos 5.902 mortos associados à covid-19 em 362.616 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

 

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