Consumo de combustíveis com “aceleração significativa” de 59% em abril - TVI

Consumo de combustíveis com “aceleração significativa” de 59% em abril

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  • JGR
  • 18 mai 2021, 13:45
Trânsito

Em termos homólogos, o consumo de gasolina subiu 112,05% em abril e o dos restantes gasóleos (excluindo o Jet) aumentou 61,69%

O consumo de combustíveis aumentou 59% em abril face ao mesmo mês de 2020, registando uma “aceleração significativa” com o desconfinamento e a retoma gradual das atividades económicas, divulgou esta terça-feira a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).

As introduções ao consumo [registos efetuados, para efeitos fiscais, pelos comercializadores grossistas de combustível] registadas pelos operadores através do Balcão Único da Energia registaram uma aceleração significativa em abril de 2021 face a abril de 2020, com uma subida de 59%, passando de 336.815 para 535.533 toneladas”, refere a ENSE em comunicado.

Segundo refere, “como seria de esperar, a maior recuperação homóloga regista-se no Jet [gasóleo de aviação, com +300,63%], apesar do setor da aviação continuar a ser o mais condicionado, mas percebendo-se a trajetória ascendente de alguma reativação da sua atividade”.

Em termos homólogos, o consumo de gasolina subiu 112,05% em abril e o dos restantes gasóleos (excluindo o Jet) aumentou 61,69%.

O mês de abril deste ano, em que o país se encontrava já em processo de desconfinamento faseado, compara com um mês homólogo (abril de 2020), em que Portugal estava ainda em pleno 'lockdown', na sequência da primeira vaga da pandemia de covid-19.

Analisando a evolução do consumo em abril face ao mês anterior, verifica-se um aumento total de 34.087 toneladas (+6,8%), “destacando-se também a aceleração do Jet (+42,97%) e da gasolina (+15,58%)”.

Já nos restantes gasóleos, o aumento do consumo foi de 5,07% em abril face a março.

Este crescimento não é alheio à avaliação empírica de que há também um retomar ou acelerar de inúmeras atividades económicas, com maior circulação de veículos e, logo, maior nível de procura e consumo de produtos petrolíferos”, refere a ENSE.

De acordo com esta entidade - responsável pela aquisição, manutenção, gestão e mobilização das reservas nacionais de petróleo bruto e de produtos de petróleo - “é de esperar que esta tendência possa aumentar de intensidade no segundo semestre do ano”.

Se compararmos os níveis de introduções ao consumo de abril de 2021 com abril de 2019 (pré-pandémico), percebe-se que ainda estamos 23,53% abaixo do então verificado, destacando-se sobretudo o Jet (-73,46%), mas mostrando que há ainda um caminho de recuperação que deverá ser trilhado”, sustenta.

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