Pedrógão Grande: PJ afasta origem criminosa - TVI

Pedrógão Grande: PJ afasta origem criminosa

  • SS - atualizada às 12:57
  • 18 jun 2017, 09:45

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou hoje à Lusa que o incêndio que deflagrou no sábado no concelho de Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou hoje à Lusa que o incêndio que deflagrou no sábado no concelho de Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.

A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivammente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio”, disse Almeida Rodrigues.

"Conseguimos determinar que a origem do incêndio foi provocada por trovoadas secas”, tendo sido a partir daí que o fogo se propagou, explicou o diretor nacional da PJ.

A árvore estava próxima da localidade de Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, e segundo as autoridades, tudo indica que foi nesse local que teve início o fogo que já lavra também nos municípios vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.

Segundo Almeida Rodrigues, desde sábado, a PJ tem estado no terreno com brigadas em vários locais, em articulação com a GNR.

"Nós temos equipas no terreno numa tripla vertente, por um lado no plano da prevenção embora obviamente contra trovoadas não é possível prevenir o que quer que seja”, com “equipas no terreno para determinar as causas do incêndio e da progressão do incêndio” e outras para investigar “as causas da morte das pessoas que foram atingidas por esta tragédia”, acrescentou.

A ideia de que o incêndio deflagrou devido a trovoadas secas foi avançada pelo primeiro-ministro, António Costa, nesta madrugada. O chefe do Executivo socialista falou aos jornalistas depois de ter estado reunido cerca de duas horas no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras.

O fogo, que causou pelo menos 58 mortos e 54 feridos, incluindo quatro bombeiros, deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), e alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.

Algumas das vítimas mortais foram apanhadas pelas chamas quando circulavam por estradas.

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