O incêndio que está ativo na região de Odemira provocou já um ferido, confirmou à TVI24 o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, adiantando que os ferimentos "não são graves".
Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) explicou à agência Lusa tratar-se de “um ferido leve, um civil”, que “ainda está em avaliação”.
“Há um civil que efetivamente foi afetado pelo incêndio. É um ferido que, neste momento, consideramos como ferido leve, com queimaduras que serão de primeiro e segundo graus” e cuja “extensão está a ser avaliada”, disse a mesma fonte.
O homem “provavelmente estaria a fazer a proteção dos seus bens”, admitiu a fonte da ANEPC, referindo que “uma ambulância foi enviada para o local para prestar socorro”.
Já o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou à Lusa que este ferido “é um homem, de 20 anos”.
De acordo com o site da Proteção Civil, o combate ao incêndio perto de Saboia (Odemira) envolve neste momento 266 meios humanos, 80 meios terrestres e seis meios aéreos.
O alerta foi dado pelas 13:15 e o fogo deflagrou numa zona de mato “entre o Alentejo e o Algarve”.
O incêndio está a evoluir “de forma imprevisível”, devido “ao vento forte”, e segundo declarou à Lusa o presidente da Câmara, já levou a que “alguns montes” fossem evacuados, “por precaução”.
“Já houve algumas situações de evacuação de alguns montes, por precaução, mas tudo foi tranquilo e decorreu de forma ordeira” e, agora, “estamos a acompanhar a operação de combate às chamas”, disse o autarca de Odemira, José Alberto Guerreiro.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, o fogo “está com uma frente muito alongada”, sobretudo devido “ao vento forte”. “Nesta altura [pouco depois das 17:00], esta frente do fogo deverá ter mais de cinco quilómetros” de extensão e “está tocada a vento para o lado sudeste, ou seja, de Espanha”, acrescentou.
Este vento é que está a fazê-lo andar muito rapidamente. Há muito vento”, frisou.
Segundo José Alberto Guerreiro, “só a mudança do vento, que se espera para o final da tarde, é que pode dar alguma fraqueza para que os meios aéreos o consigam combater”.
As chamas, que lavram em mato e povoamento florestal misto, têm destruído “sobretudo pinheiros e montado de sobro”, assim como “alguns eucaliptos”.
“Mesmo com esse tipo de floresta, está a evoluir, porque o vento neste vale, entre o Alentejo e o Algarve, é muito forte”, sublinhou.
O autarca disse também que, no terreno, há “dificuldades para a coordenação dos meios” de combate e criticou as operadoras pela má rede de comunicações nesta área.
“Outro dos grande lamentos que deixo é o facto de, ao fim de tantos anos passados sobre o grande incêndio que tivemos em 2003 e de tantas insistências que temos feito com as operadoras, ainda não tenhamos comunicações em condições, o que torna mais difícil a coordenação dos meios terrestres”, afirmou.