Número de mortos nos incêndios sobe para 42 - TVI

Número de mortos nos incêndios sobe para 42

  • MM - Notícia atualizada às 18:37
  • 18 out 2017, 17:30
Incêndios - Marinha Grande

Um ferido grave, que estava internado no Hospital de Coimbra, acabou por morrer

Os incêndios florestais que deflagraram no domingo em várias zonas do país provocaram 42 mortos, disse esta quarta-feira à Lusa a adjunta do comando nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar.

Segundo a ANPC, registou-se a morte de um ferido queimado que estava em estado grave no Hospital de Coimbra, desconhecendo-se, para já, qual o concelho de origem da vítima mortal.

O anterior balanço, feito na terça-feira ao final da tarde, apontava para 41 mortos.

Dezanove mortes registaram-se no distrito de Coimbra, nove dos quais em Oliveira do Hospital, três em Tábua, três em Arganil, três em Penacova e um em Pampilhosa da Serra, sendo esta última vítima mortal a que estava desaparecida. Foi encontrada queimada em casa.

No distrito de Viseu, registaram-se 18 vítimas mortais, designadamente em Vouzela (oito), Santa Comba Dão (cinco), Nelas (uma), Carregal do Sal (uma), Tondela (duas) e Oliveira de Frades (uma).

A ANPC adianta que duas pessoas morreram na Guarda e uma na Sertã (distrito de Castelo Branco).

Outra das vítimas mortais morreu na terça-feira no Hospital de Coimbra, mas não foi divulgada a origem.

40 autópsias já realizadas

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses já realizou 40 autópsias às vítimas dos incêndios no centro e norte do país, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Justiça (MJ).

Oito corpos já foram entregues às famílias. A identificação das vítimas mortais, adiantou a mesma fonte do MJ, está a ser feita por reconhecimento pessoal, que é coordenado pela PJ, impressões digitais, exame dentário ou análise genética.

Segundo dados oficiais da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), os incêndios que deflagraram no domingo provocaram 42 mortos e cerca de 70 feridos.

Em virtude do estado de muitos corpos o Instituto de Medicina Legal está a realizar um elevado número de análises genéticas, obrigando o laboratório de genética a trabalhar de dia e de noite, explicou ainda a fonte.

Após a autópsia, é passado o certificado de óbito e, com autorização do Ministério Público, é feita a comunicação à família para levantamento do corpo.

As centenas de incêndios que deflagraram naquele que foi considerado o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça e quinta-feira, e a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, apresentou hoje a sua demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro.

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