Bactéria multirresistente que provoca doenças respiratórias mata cada vez mais - TVI

Bactéria multirresistente que provoca doenças respiratórias mata cada vez mais

  • AM
  • 18 nov 2019, 13:11
Hospital

Micróbio da ‘Pseudomonas aeruginosa’ está cada vez mais resistente aos antibióticos

Cerca de 40% das pessoas mais vulneráveis infetadas com a bactéria ‘Pseudomonas aeruginosa’, responsável por infeções respiratórias e pneumonias, acabam por morrer porque o micróbio está cada vez mais resistente aos antibióticos, segundo uma investigação.

A bactéria, que é especialmente grave em doentes imunodeprimidos e hematológicos, foi objeto de uma revisão sistemática sobre a sua epidemiologia e tratamento por parte de especialistas do hospital del Mar, de Barcelona, a pedido da Sociedade Americana de Microbiologia.

O facto de a ‘Pseudomonas aeruginosa’ se ter tornado resistente aos antibióticos é uma das grandes ameaças para a saúde da população em geral, segundo a Organização Mundial de Saúde.

A investigação demonstra que a bactéria tem, de forma intrínseca, grande capacidade para desenvolver mecanismos de resistência.

"Os mecanismos de resistência da ‘Pseudomonas aeruginosa’ são especialmente difíceis de combater, frequentes, combinados e muito complexos", segundo o médico Juan Pablo Horcajada, chefe de serviços de doenças infecciosas do Hospital del Mar.

A bactéria tem a capacidade de modificar a sua estrutura celular para evitar que os antibióticos atravessem a parede celular e possam expulsar os princípios ativos ou ativar as enzimas que os inativem.

Pode também causar infeções respiratórias, pneumonia hospitalar e outras infeções que podem ser muito graves em pacientes imunodeprimidos ou hematológicos, causando o que Horcajada denominou de "tempestade perfeita".

Segundo os investigadores, a bactéria está presente em todos os países europeus.

A pesquisa revelou também que as infeções por esta bactéria multirresistente são responsáveis por 10% a 25% de todas as infeções por ‘Pseudonomas’, mas em alguns países, como é o caso da Grécia, pode atingir os 60% dos casos.

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