Alunos fecham escola a cadeado em protesto - TVI

Alunos fecham escola a cadeado em protesto

Alunos fecharam escola a cadeado (Lusa)

Estudantes da Escola Básica 2,3 D. Dinis, em Leiria, exigem obras de requalificação no pavilhão

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Centenas de alunos da Escola Básica 2,3 D. Dinis, em Leiria, fecharam esta quinta-feira o estabelecimento de ensino a cadeado, entre as 08:00 e as 08:40, numa manifestação para exigir obras de requalificação no pavilhão gimnodesportivo.

A ação foi organizada pela associação de pais e surgiu na sequência de uma «total ausência de respostas» por parte da tutela aos pedidos de resolução dos problemas existentes no pavilhão.

«Há dois anos que este pavilhão não tem as mínimas condições. Primeiro, porque o chão está cheio de farpas – é de tacos - e havia imensos acidentes sempre que eles [alunos] caíam. O telhado, por outro lado, é em fibrocimento com amianto e chove dentro do pavilhão», disse à agência Lusa a vice-presidente da associação de pais, Sandra Sá.

A decisão da associação de pais de organizar o protesto foi tomada em assembleia geral e votada por unanimidade, acrescentou.

Os cerca de 800 alunos da escola não têm aulas no pavilhão desde o início do ano letivo.

Em outubro, os deputados do PS eleitos por Leiria questionaram o Governo sobre a falta de obras de requalificação no pavilhão.

Na ocasião, os socialistas Odete João, João Paulo Pedrosa e Jorge Gonçalves pediram que o ministro da Educação, Nuno Crato, explicasse «quais as razões por que não foi ainda removido o telhado de fibrocimento do pavilhão», «por que motivo não se iniciaram as obras de requalificação do pavilhão» e qual a data do início da intervenção e respetivo prazo de execução.

Os alunos estão, desde o início do ano letivo, sem usar o pavilhão gimnodesportivo pelo «avançado estado de degradação do mesmo».

Perante esta situação de degradação, os professores de Educação Física da EB 2, 3 D. Dinis recusam dar aulas no pavilhão gimnodesportivo e, quando chove, substituem a prática pela teoria. Quando as condições meteorológicas permitem, as aulas são dadas no exterior.

A decisão foi tomada pelo subdepartamento curricular de Educação Física da escola, segundo um ofício enviado à delegada regional da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), a 22 de setembro, a que a agência Lusa teve acesso em outubro de 2014.
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