Circulação interrompida na linha do Douro devido a descarrilamento - TVI

Circulação interrompida na linha do Douro devido a descarrilamento

  • CM/AM - Notícia atualizada às 19:15
  • 20 mar 2018, 10:08

A bordo seguiam 30 passageiros, que não sofreram ferimentos. A Infraestruturas de Portugal (IP) prevê que a circulação na linha do Douro seja normalizada na quarta-feira

A circulação na linha do Douro está interrompida entre as estações de Pinhão e Régua devido ao descarrilamento de um comboio, com 30 passageiros a bordo, provocado pela queda de pedras na via, devido ao mau tempo, segundo fontes da CP e da Infraestruturas de Portugal.

O descarrilamento ocorreu pelas 08:20 perto da estação do Ferrão, no concelho de Sabrosa.

Deste incidente não resultaram feridos e os cerca de 30 passageiros foram transportados para a Régua noutra automotora.

Também não foram registados danos na via férrea.

O comboio partiu do Pocinho às 07:17 e deveria ter chegado ao Peso da Régua pelas 08:40.

A Infraestruturas de Portugal (IP) prevê que a circulação na linha do Douro seja normalizada na quarta-feira.

Ao final da tarde de hoje estavam a ser concluídos os trabalhos de carrilamento da composição, com a ajuda de um comboio de emergência enviado para o local.

Depois, segundo a IP, será necessário proceder à remoção das pedras que caíram sobre a linha, algumas das quais de grande dimensão.

A situação deverá ficar resolvida durante a madrugada e a circulação retomada da quarta-feira.

Em resultado deste descarrilamento foi suspensa a circulação no troço Peso da Régua – Pinhão. A CP está a assegurar o transbordo rodoviário aos passageiros.

Por dia são efetuadas 10 viagens entre estas estações, cinco em cada sentido.

 

Cinco descarrilamentos desde janeiro

A 4 de fevereiro, três vagões de um comboio de mercadorias da empresa Medway, que transportava cimento, descarrilaram junto à estação de Marco de Canaveses, no distrito do Porto, sem causar feridos e levando à interrupção da circulação na linha do Norte.

A 22 de fevereiro, o descarrilamento de um vagão de um comboio de mercadorias na Linha do Norte, entre Pampilhosa e Souselas, distritos de Coimbra e Aveiro, sem causar vítimas, mas com suspensão da linha nos dois sentidos.

No passado dia 4 de março, um comboio Intercidades, que fazia a ligação de Guarda para Lisboa, com 74 pessoas a bordo descarrilou em Mortágua, no distrito Viseu, na linha da Beira Alta, devido a um deslizamento de terras provocado pelas chuvas, sem causar vítimas.

No dia 5 de março, a circulação na Linha da Beira Alta voltou a ficar interrompida no mesmo local devido a um novo deslizamento de terras.

IP prevê investir 30 milhões para reforçar segurança

A Infraestruturas de Portugal vai investir cerca de 30 milhões de euros na estabilização de taludes na linha do Douro e instalar um sistema inovador de deteção de queda de blocos no troço Tua-Pocinho, divulgou a empresa.

Fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) disse à agência Lusa que a empresa tem efetuado um “trabalho de reforço das condições de segurança da linha do Douro” e adiantou que, para os próximos anos, “está previsto um investimento global de cerca de 30 milhões de euros”.

Segundo a empresa, em 2018 vão também ser investidos 450 mil euros na colocação de um sistema de deteção de queda de blocos, entre as estações do Tua e Pocinho.

Trata-se, de acordo com a IP, de um “sistema inovador com recurso a fibra ótica a instalar em contínuo naquele troço”.

Este ano avança a empreitada, no valor de 3,5 milhões de euros, para trabalhos de estabilização de sete taludes e serão realizadas ações pontuais em dois taludes, envolvendo um encargo estimado em 375 mil euros.

Para 2019 estão programadas empreitadas de estabilização em mais 13 taludes, num investimento de seis milhões de euros e, nos anos posteriores, serão intervencionados mais 40 taludes, num valor estimado de 17,8 milhões de euros.

Serão realizadas outras ações pontuais a executar em 16 taludes, num estimado três milhões de euros.

A IP disse ainda que, nos últimos cinco anos, executou um investimento de três milhões de euros na concretização de trabalhos de estabilização de taludes na linha do Douro.

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