Ciclone Idai: Arquidiocese de Braga envia 25 mil euros para Moçambique - TVI

Ciclone Idai: Arquidiocese de Braga envia 25 mil euros para Moçambique

  • CE
  • 20 mar 2019, 19:39

Arcebispo de Braga Jorge Ortiga diz que "não podemos ficar surdos face aos clamores da terra e dos mais pobres"

A Arquidiocese de Braga anunciou, esta quarta-feira, que vai enviar 25 mil euros para a Arquidiocese da Beira, em Moçambique, para contribuir para os esforços de salvamento da população e reconstrução das infraestruturas afetadas pela passagem do ciclone Idai.

Em comunicado, a Arquidiocese de Braga acrescenta que vai também estabelecer uma “ponte de distribuição imediata com a Arquidiocese da Beira, por forma a colmatar as necessidades da forma mais célere possível”.

O arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, expressou, em nota pastoral, a sua dor e o seu pesar pela tragédia.

Não podemos ficar surdos face aos clamores da terra e dos mais pobres. Somos chamados a ser esperança, também nesta hora”, acrescentou.

Jorge Ortiga agradeceu ainda “todos os donativos que possam ser feitos” e anunciou que parte do Contributo Penitencial será destinado a ajudar a suprir as necessidades sentidas pelas populações afetadas.

Os donativos podem ser entregues nos Serviços Centrais da Arquidiocese de Braga.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da “pior crise” do género no país.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, viajou para a Beira, onde anunciou que estão 30 portugueses estão por localizar.

Há ainda portugueses que não estão localizados: temos na embaixada 30 pedidos de localização".

 

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 82 mortos e 217 desaparecidos, enquanto no Malaui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

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