Dia de caça complica buscas por Pedro Dias em Vila Real - TVI

Dia de caça complica buscas por Pedro Dias em Vila Real

Suspeito dos crimes de Aguiar da Beira está fugido às autoridades há nove dias. Forte dispositivo policial mantém-se na zona onde o "Piloto" foi avistado pela última vez

Há nove dias que o principal suspeito dos crimes de Aguiar da Beira se encontra a monte. Depois de ter baleado mortalmente um militar da GNR e um civil, Pedro Dias colocou-se em fuga e até ao momento não foi capturado. 

As autoridades têm-se mantido no encalço do suspeito e, depois deste ter roubado um carro em Arouca, no domingo, todas as pistas indicam que Pedro Dias se encontre no distrito de Vila Real. É lá que se mantém um forte dispositivo policial para controlar as entradas e saídas das localidades onde estão a ser feitas as buscas.

No entanto, esta quinta-feira a GNR apostou no policiamento de visibilidade e as buscas terão de ser feitas com maior cautela uma vez que é dia de caça. Segundo o que a TVI24 conseguiu apurar no local, as autoridades não proibiram os caçadores de caçar, deixaram apenas algumas recomendações: não entrar em contacto direto com o suspeito e avisarem assim que virem alguma coisa suspeita. 

Em Ludares, uma das localidades onde a GNR se encontra a fazer buscas, foi reforçado o contigente policial durante a noite para realizar buscas na zona. Para além dos vários casebres abandonados onde o suspeito se pode esconder, um dos locais que as autoridades passaram a pente fino foi uma quinta que um amigo de Pedro Dias tem na zona.

As equipas de investigação estão ainda a fazer leitura de chamadas e a entrevistar amigos e familiares para terem a certeza de que, ao contrário do que a PJ pensa, Pedro Dias não está a ser ajudado a escapar às autoridades.

Falta de coordenação entre autoridades

O facto de Pedro Dias estar em fuga há uma semana tem levantado várias críticas à ação das autoridades no terreno. De acordo com o Diário de Notícias, a descoordenação das forças policiais envolventes está a preocupar o Governo e a ministra da Administração Interna "tem telefonado à PJ para colocar à disposição todos os meios e recursos das polícias sob a sua tutela".

No entanto, no terreno, PJ e GNR não se entendem e cada polícia tem a sua própria operação em campo, o que tem provocado informações contraditórias e preocupação no Executivo.

Quanto à PSP, um oficial contou àquele jornal que essa força de segurança está "a ser colocada à margem das operações", mesmo tendo colaborado com a PJ na entrega de todas informações sobre o suspeito.

O foragido de 44 anos encontra-se a monte há 10 dias, desde 11 de outubro, data em que matou duas pessoas, um GNR e um civil, e ferido outras duas a tiro, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda.

Depois disso fugiu e há relatos de ter sido visto ou deixado indícios da sua presença em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, e em Arouca, distrito de Aveiro, onde atacou uma mulher e um homem e fugiu no carro do homem.

No domingo, cruzou-se com a patrulha da GNR, na zona industrial de Vila Real, e as autoridades perderam-lhe o rasto em Constantim.

Na segunda-feira foi encontrada a viatura roubada em Arouca, na aldeia de Carro Queimado, e, na terça-feira, duas pessoas disseram ter visto o suspeito na localidade vizinha de Assento.

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