Horário de trabalho leva guardas prisionais a fazer greve até sexta-feira - TVI

Horário de trabalho leva guardas prisionais a fazer greve até sexta-feira

  • ALM com Lusa
  • 20 nov 2017, 14:03
Guardas prisionais

Sindicato exige ainda a alteração da tabela remuneratória conforme equiparação à Polícia de Segurança Pública e exige o pagamento imediato do subsídio de turno/noturno

O pagamento imediato do subsídio de turno/noturno e o problema da escala/horário de trabalho levou o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) a iniciar hoje uma greve nacional que se prolonga até à próxima sexta-feira.

A greve principiou às 00:00 de hoje e termina às 23:59 de sexta-feira, segundo o aviso prévio enviado hoje ao primeiro-ministro e à ministra da Justiça e diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, entre outras entidades.

Contactado pela agência Lusa, Jorge Alves, presidente do SNCGP, disse ainda não dispor de dados sobre a adesão à greve, mas expressou o descontentamento dos guardas prisionais pela não implementação da escala de trabalho proposta pelo sindicato.

De acordo com o mesmo dirigente sindical, o SNCGP "não chegou a acordo" sobre a questão da escala/horário de trabalho, apesar de, no final da semana passada, ter sido avançado pelos serviços prisionais que a matéria já tinha sido devidamente negociada.

Além do problema do horário de trabalho, o SNCGP exige a alteração da tabela remuneratória conforme equiparação à Polícia de Segurança Pública (PSP) e exige o pagamento imediato do subsídio de turno/noturno.

Outra das razões que levaram os guardas prisionais a marcar a greve nacional de cinco dias foi a questão da promoção dos guardas principais, cuja negociação, segundo Jorge Alves, decorre há quase um ano sem estar concluída.

O sindicato diz ainda ter realizado esta greve contra "a postura e a prepotência da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, nomeadamente na pessoa do diretor-geral (Celso Manata) para com o corpo da guarda prisional".

Este último diferendo, explicou Jorge Alves, tem a ver com "o peso disciplinar e com as ameaças" feitas aos guardas prisionais de que serão sancionados disciplinarmente se durante a greve não deixarem entrar viaturas nos estabelecimentos prisionais.

Prende-se ainda, adiantou, com o facto de o diretor-geral acusar os guardas prisionais de "falhas graves de segurança" e não apontar a falta de meios humanos e de equipamentos para assegurar essa mesma segurança nas prisões.

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