Entre 400 e 500 escolas encerradas devido à greve de funcionários - TVI

Entre 400 e 500 escolas encerradas devido à greve de funcionários

  • BM/CE
  • 21 mar 2019, 07:36

Uma greve que teve início esta quinta-feira e que termina na sexta, para reivindicar aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica

Entre 400 e 500 escolas do ensino básico ao secundário encerraram esta manhã devido à greve do pessoal não docente, segundo um balanço provisório da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FSTFPS).

Os funcionários das escolas iniciariam esta quinta-feira uma greve, que termina na sexta-feira, num protesto convocado pela CGTP, para reivindicar aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical Artur Sequeira, da FSTFPS, avançou com um primeiro balanço provisório dos efeitos da greve: Durante a manhã, "estiveram encerradas entre 400 a 500 escolas do ensino básico e secundário”.

O número de estabelecimentos de ensino afetados poderá aumentar durante a tarde, segundo Artur Sequeira.

De acordo de Artur Sequeira, são vários os problemas que afetam o setor e a “solução” apontada pelo Governo “não vai ter impacto na vida das escolas”.

O Ministério da Educação anunciou mais mil vagas para assistentes operacionais, que não vão resolver o problema porque a este concurso vão concorrer os trabalhadores com vínculo precário, ou seja, estes podem ocupar as cerca de mil vagas prometidas pelo ministério da Educação”, salientou.

No entendimento de Artur Sequeira, a solução para o problema passa por integrar os precários e por outro lado abrir vagas para novos trabalhadores.

Os sindicatos exigem a abertura de concurso para, “no mínimo”, 3.067 trabalhadores, garantindo a entrada de 1.067 novos e de 2.500 que já estão em funções.

Dizem ainda que a portaria que define os rácios de funcionários por escola está a ser cumprida com recurso a “tempos parciais”.

Artur Sequeira afirmou que existe “uma negação completa” do Governo em rever as carreiras dos trabalhadores das escolas, que pretendem retomar a carreira específica que já tiveram durante a governação de António Guterres: “Foi destruída pelo senhor engenheiro Sócrates quando era primeiro-ministro”.

Os salários estão também na mira dos sindicatos, que criticam a solução proposta pelo governo.

Este aumento salarial que foi feito para a função pública é um aumento populista, que tem uma capacidade fantástica de tentativa de divisão dos trabalhadores”, lamentou.

Continue a ler esta notícia