Judiciária detém inspetor, dois seguranças da PJ, um GNR e um PSP - TVI

Judiciária detém inspetor, dois seguranças da PJ, um GNR e um PSP

  • Redação
  • EC/PP (notícia atualizada às 20:50)
  • 21 jun 2016, 12:52
Polícia Judiciária

Ministério Público revela que entre os cerca de 20 detidos está também um militar da GNR e um agente da PSP. Operação policial foi desencadeada por suspeitas de corrupção relacionada com atividades empresariais dos suspeitos fora da polícia, nomeadamente com oficinas/inspeções automóveis

A Polícia Judiciária deteve, este terça-feira, um elemento da investigação criminal da própria PJ e um casal de seguranças no setor de transportes da PJ, por suspeitas de corrupção, numa operação denominada "Roda Viva" que decorreu na área da grande Lisboa. O Ministério Público avança que entre os detidos estão também um militar da GNR e um agente da PSP.

A investigação está relacionada com a atividade empresarial dos suspeitos fora da polícia, nomeadamente com oficinas de inspeção automóvel.

Segundo um comunicado da Polícia Judiciária, além da corrupção, há outros crimes relacionados com a aprovação fraudulenta de automóveis sujeitos a inspeção, mediante contrapartidas indevidas e ilícitas. Ao todo teriam sido detidas 20 pessoas.

Depois do comunicado da PJ, também o Ministério Público divulgou um documento sobrem a operação "Roda Viva". Segundo o comunicado do MP, no âmbito desta operação, foram detidos “19 indivíduos”, entre os quais um inspetor da PJ, um GNR e um elemento da PSP.

O inspetor detido exerce funções na Unidade Nacional Contra a Corrupção (UNCC), e trabalhava na área da contrafação de cartões de crédito e moeda falsa.

O Ministério Público informa também que os detidos vão ser presentes ao juiz de instrução criminal, em Sintra, na quarta-feira.

A operação "Roda Viva" envolveu 200 efetivos da PJ e foram apreendidos nas buscas elementos probatórios e objetos relacionados com os crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, abuso de poder, tráfico de influências e falsificação de documentos.

A investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) iniciou-se há cerca de oito meses, sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra. Contou ainda com a colaboração da Direção de Serviços de Inspeção do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

Entre as duas dezenas de detidos há também elementos de centros de inspeção automóvel e das oficinas. Um dos seguranças da PJ trabalha atualmente no setor de transportes.

Segundo a Lusa o esquema ilícito passava por levar automóveis à inspeção periódica obrigatória, pagando uma determinada quantia para que os veículos fossem aprovados.

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