Câmara de Loures está a demolir construções ilegais com moradores no local - TVI

Câmara de Loures está a demolir construções ilegais com moradores no local

  • Agência Lusa
  • CM
  • 21 jun 2021, 16:28

Pelo menos três pessoas tiveram de ser assistidas devido ao nervosismo, entre as quais uma grávida. Entre os moradores das casas a demolir estão ainda uma idosa e uma pessoa em cadeira de rodas

A Câmara Municipal de Loures está a demolir várias construções ilegais no bairro de Montemor, com o apoio da polícia, verificando-se “alguns tumultos”, porque os moradores queixam-se da falta de soluções de habitação.

Houve 17 casas que receberam na sexta-feira passada uma notificação para, em 24 horas, abandonarem o local”, indicou à Lusa a presidente da Habita – Associação pelo direito à habitação e à cidade, Maria João Costa.

Após o aviso de “intimação à demolição e tomada de posse administrativa da construção abarracada”, as demolições começaram hoje no bairro de Montemor, em Loures, no distrito de Lisboa.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) disse à Lusa que foi montado um policiamento no bairro pelas 09:30, com o envio de meios policiais para o local, “inicialmente os considerados necessários, mas devido a alguns tumultos que depois foram acontecendo foram enviados reforços”.

Sem saber indicar quantos polícias estão no local, a PSP referiu que “as demolições são da responsabilidade da Câmara Municipal de Loures e a polícia está lá para garantir a ordem pública”.

Por volta das 11:00, foi acionada uma ambulância para prestar cuidados a três moradores, inclusive uma grávida, informou a polícia, explicando que as pessoas tiveram necessidade de ser assistidas “possivelmente pelo estado nervoso, nada que tenha a ver com agressões ou com tumultos”.

Pelas 13:30, a PSP continuava ainda no local, sem registar detenções.

Segundo a presidente da associação Habita, o bairro de Montemor ocupa uma antiga fábrica em Loures que já há muitos anos está ocupada por cerca de 100 famílias, “com o conhecimento da Câmara”.

No entanto, as demolições estão a ocorrer num terreno livre que foi “ocupado com novas casas neste último ano e meio”, indicou Maria João Costa, referindo que os moradores não têm, até ao momento, qualquer resposta de solução habitacional.

Entre os moradores das casas a demolir estão uma idosa, uma grávida e um cidadão em cadeira de rodas, acrescentou a presidente da associação Habita.

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