Suspeito de preparar atentado em França tinha residência em Portugal - TVI

Suspeito de preparar atentado em França tinha residência em Portugal

  • Élvio Carvalho
  • 21 nov 2016, 17:12

Homem de 26 anos, de nacionalidade marroquina, vivia em Aveiro e tinha autorização de residência desde 2014. A PJ informa que o homem já estava a ser investigado desde 2015

Um dos sete suspeitos de estarem a preparar um atentado em França tinha residência em Portugal, confirmou a Polícia Judiciária, esta segunda-feira, em comunicado.

O homem de 26 anos, de nacionalidade marroquina, vivia em Aveiro e tinha autorização de residência desde 2014. A PJ informa que o homem já estava a ser investigado desde 2015.

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo, identificou, investigou e transmitiu às suas congéneres internacionais a possibilidade de um cidadão marroquino, de 26 anos de idade, a residir em Aveiro, com autorização de residência emitida em 2014, poder vir a integrar um grupo terrorista."

A Polícia Judiciária confirma, assim, a informação divulgada pelo Ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, que tinha afirmado, esta manhã, que um dos homens não tinha residência em França e que a sua detenção teve a colaboração de um "Estado parceiro".

Esse homem, que estava a ser [alvo de] investigação pela Polícia Judiciária, desde o verão de 2015, foi objeto de um pedido de cooperação internacional e de vigilância discreta inserido no Sistema de Informação Schengen, tendo sido detido pelas autoridades francesas durante o passado fim de semana."

Os sete homens foram detidos durante uma operação antiterrorista em Estrasburgo e Marselha, em França, na noite de sábado para domingo. De acordo com Bernard Cazeneuve, "um novo atentado foi evitado" graças à investigação da Procuradoria Geral da República de Paris. 

Em conferência de imprensa, o ministro revelou que os suspeitos detidos são de nacionalidade francesa, marroquina e afegã e têm entre 29 e 37 anos. Seis dos homens eram desconhecidos dos serviços secretos e apenas "um cidadão marroquino estava assinalado por um país parceiro" (sabe-se agora que se referia a Portugal).

A operação policial, realizada no âmbito de uma investigação que durava há oito meses, foi realizada de urgência "com base em indícios sérios" de que um novo atentado estaria a ser preparado para este fim de semana.

Há mais de um ano que a França está em estado de emergência e deverá continuar, pelo menos até às eleições presidenciais de maio. A vigilância permanente reduz a liberdade dos cidadãos, mas segundo as autoridades permitiu deter 418 suspeitos de terrorismo desde o início do ano, 42 deles só em novembro.

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