PISA 2018: "Somos ainda dos países onde a pobreza é o fator mais forte" - TVI

PISA 2018: "Somos ainda dos países onde a pobreza é o fator mais forte"

  • HCL
  • 3 dez 2019, 21:34

João Costa, secretário de Estado da Educação, foi convidado da 21ª Hora para explicar as consequências do relatório PISA 2018

João Costa, secretário de Estado da Educação, foi o convidado da 21ª Hora para analisar as conclusões do relatório PISA 2018. O estudo revela que na literacia da Matemática, da Leitura e das Ciências em Portugal tem vindo a percorrer um caminho de evolução, chegando à média da OCDE em 2009.

O governante desmentiu a ideia de o sistema educativo ser péssimo, mas reiterou que Portugal não está nos vinte primeiros classificados da OCDE. 

Temos muito caminho a fazer. Há três anos quando existiu uma grande exaltação sobre os resultados do PISA eu disse várias vezes 'atenção isto é como estarmos muito contentes porque o nosso filho tem uma média de 10", disse João Costa, que esclareceu que existe uma melhoria continuada e um caminho progressivo.

O secretário de Estado disse que deve existir um maior esforço na questão da igualdade.

Somos ainda dos países onde a pobreza é o fator mais forte", afirmou.

Para combater a desigualdade, João Costa reiterou que é necessário existir uma ação mais veloz.

Não é esperar por um fim do ciclo para ver se o aluno não aprendeu, mas começar a intervir sempre que se detetam dificuldades", afirmou o secretário de Estado da Educação.

Sobre se existem meios para uma melhor intervenção no ensino dos alunos com mais dificuldades, João Costa disse que a realidade decorre do tipo de estratégia que é adotada pelas escolas.

Um pequeno exemplo: há uma escola que teve num projeto de inovação pedagógica que aboliu a figura do diretor de turma, substituindo-a pelo diretor de grupo. Ou seja, cada professor tem dez alunos da escola à sua responsabilidade", disse João Costa, defendendo que a medida permite fazer um trabalho de acompanhamento mais direcionado.

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