Alterações climáticas vão trazer incêndios intensos e difícies de extinguir - TVI

Alterações climáticas vão trazer incêndios intensos e difícies de extinguir

  • ALM com Lusa
  • 22 jan 2018, 19:36
Autoridades divulgaram simulação de uma situação de incêndio e as três escolhas possíveis

No estudo internacional, coordenado pelo investigador Víctor Resco de Dios, da Universidade de Lérida, participaram também investigadores da Universidade Nacional de Educação à Distância, da Austrália, e da Universidade holandesa de Utrech

As alterações climáticas vão mudar o tipo de incêndios florestais, que serão de maior intensidade e difícil extinção, e comprometerão seriamente as economias rurais e os bosques mediterrânicos, segundo uma investigação publicada hoje na revista Ecological Monographs.

No estudo internacional, coordenado pelo investigador Víctor Resco de Dios, da Universidade de Lérida, participaram também investigadores da Universidade Nacional de Educação à Distância, da Austrália, e da Universidade holandesa de Utrech.

A Europa perdeu mais de três milhões de hectares de bosques mediterrânicos nos últimos 15 anos, segundo dados do “Joint Research Centre” da União Europeia (Centro Comum de Investigação) recolhidos para o estudo.

O aumento das temperaturas, a falta de chuva e as secas, consequências das alterações climáticas, vão favorecer a propagação de incêndios florestais.

No ano passado em Portugal arderam mais de 200.000 hectares, o valor mais elevado dos últimos 10 anos e em Espanha arderam cerca de 175 mil hectares, o que tornou 2017 o pior ano de incêndios também na última década.

A transformação do regime de incêndios provocará episódios de desflorestação em grande escala que mudarão profundamente a estrutura da vegetação nos próximos anos.

“Já estamos a observar uma transformação nas características destes fenómenos”, disse Resco de Dios, citado pela agência de notícias Efe.

E exemplificou com os incêndios em bosques de média montanha, que tradicionalmente eram de baixa intensidade e fáceis de apagar e que estão a adquirir hoje uma intensidade que pode “superar a capacidade de extinção”.

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