Surto de legionella no Grande Porto fez 14 mortes em três meses - TVI

Surto de legionella no Grande Porto fez 14 mortes em três meses

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  • HCL
  • 22 dez 2020, 16:09
Origem do surto de legionella no Norte perto de ser identificada

Bactéria foi detetada em novembro, nas torres de refrigeração de uma fábrica de laticínios em Matosinhos

Catorze pessoas morreram no surto de 'legionnella' que afetou a região do Grande Porto no último trimestre deste ano, disse esta terça-feira fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).

O número total de vítimas mortais devido a complicações associadas à doença foi divulgado pelo Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doença, e confirmado agora pela ARS-N, que no último balanço feito à Lusa, em novembro, tinha assinalado 11 mortes.

A mesma fonte da ARS-N garantiu hoje que, nos hospitais de Matosinhos, Porto e Vila do Conde/Póvoa de Varzim, que tinham recebido 89 doentes infetados, já não há ninguém internado devido a este surto.

A bactéria foi detetada em novembro, nas torres de refrigeração da fábrica de laticínios Longa Vida, em Matosinhos, mas ainda não há dados conclusivos que seja esse o local da origem do surto.

A empresa, que ainda nessa altura desligou preventivamente os equipamentos, garantiu não ter recebido "informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria" nas torres de refrigeração e a origem do surto.

A 29 de novembro, a ARS-N referiu que, "desde que foi suspenso o funcionamento das referidas torres de refrigeração, se verificou uma diminuição acentuada do número de casos de Doença dos Legionários, na referida área geográfica".

O Ministério Público (MP) determinou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella Pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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