Ministro do Ambiente admite subida do preço da água - TVI

Ministro do Ambiente admite subida do preço da água

  • AR
  • 23 nov 2017, 10:57

João Matos Fernandes admite também reduzir quantidade de água que as empresas que fazem descargas nos rios podem captar, numa altura em que os caudais são menores

O ministro do Ambiente admitiu esta quinta-feira que o preço da água possa vir a subir, mas garante que as tarifas se vão manter no próximo ano, porque “já estão aprovadas”

À margem da conferência anual do BCSD - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Portugal, o ministro João Matos Fernandes disse aos jornalistas que “é fundamental falar em eficiência hídrica, e o preço é um fator quando se fala em eficiência”.

O ministro lembrou que “as tarifas de 2018 já estão aprovadas”, mas que é preciso repensar o seu preço “em tempos de escassez”.

Nos últimos anos tem-se falado muito em eficiência energética, este é o tempo de percebemos que tem se de falar de eficiência hídrica”, sublinhou o governante, lembrando que o país vive tempos de escassez e que “não há maneira de produzir mais energia”.

O ministro falava aos jornalistas à margem da conferência anual do BCSD Portugal, que este ano tem como tema “Como crescer e criar emprego numa economia neutra em carbono? Pensar Portugal em 2030”.

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João Matos Fernandes saudou a missão do BCSD e a forma como esta associação “consegue agir para transformar mentalidades”.

A BSCD - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável é uma associação que agrega e representa empresas que se comprometem ativamente com a sustentabilidade.

Reduzir quantidade de água que empresas podem captar

O Governo admite também reduzir a quantidade de água que as empresas que fazem descargas nos rios podem captar, no âmbito de uma reavaliação a todas as licenças atribuídas, anunciou esta quinta-feira o ministro do Ambiente.

Vamos reavaliar todas as licenças. É um trabalho que se faz uma a uma”, afirmou o ministro João Pedro Matos Fernandes, à margem de uma conferência em Lisboa, acrescentando que “em janeiro ou fevereiro o trabalho deverá estar concluído”.

“Em algumas licenças, em alguns setores e em algumas zonas mais críticas, [as empresas] podem ter que reduzir a quantidade de afluentes que podem rejeitar ou reduzir a quantidade de água que podem captar, afirmou à margem da conferência anual do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, em Lisboa.

O ministro sublinhou que as licenças passadas a estas empresas têm em conta “um dia, uma semana ou um mês padrão” e que, por isso, preveem a possibilidade de serem revistas em baixa em caso de seca ou fenómenos climáticos excecionais.

 

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