Barcelos: autor do massacre indiciado por quatro crimes de homicídio e um de aborto - TVI

Barcelos: autor do massacre indiciado por quatro crimes de homicídio e um de aborto

  • 24 mar 2017, 21:32

Suspeito será ouvido na manhã de sábado no Tribunal de Braga para primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação

O suspeito de ter matado quatro pessoas hoje em S. Veríssimo, Barcelos, entre as quais uma grávida, está indiciado por quatro crimes de homicídio qualificado e de um crime de aborto, disse à Lusa fonte da Polícia Judiciária.

Segundo a fonte, Adelino Briote será ouvido sábado no Tribunal de Braga para primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação.

O homem, com cerca de 60 anos, terá matado hoje quatro vizinhos à facada em S. Veríssimo, Barcelos, entregando-se depois às autoridades.

As vítimas são um casal de 84 anos (ele) e 80 (ela), uma mulher de 62 anos e outra mulher de 37 anos, grávida de sete meses.

Neste caso, como a gravidez era visível, além de que o alegado agressor era vizinho da vítima e como tal saberia perfeitamente do seu estado, penso que em causa estarão um crime de homicídio e um crime de aborto”, referiu a fonte da PJ.

O quádruplo homicida já teria prometido vingar-se dos vizinhos que testemunharam contra ele ou que se recusaram a depor em seu abono num processo em que foi condenado por violência doméstica.

Já tinha ameaçado que se vingaria”, disse o presidente da Junta de Freguesia de S. Veríssimo, João Abreu, aos jornalistas.

As agressões à filha e à sogra, com um ferro, registaram-se em março de 2015.

Por esse processo, o homem foi, segundo o Jornal de Notícias, condenado numa pena de prisão de três anos e dois meses, suspensa na sua execução, ficando em liberdade.

Desde então, e segundo vários testemunhos hoje recolhidos no local do quádruplo homicídio, o homem ameaçou vingar-se quer de quem se recusou a testemunhar em seu abono, quer de quem foi a tribunal dar conta de que presenciou as agressões.

O comandante do destacamento da GNR de Barcelos disse que o homem já confessou os crimes.

O caso passou, entretanto, para a alçada da Polícia Judiciária (PJ).

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